No vídeo ele exemplifica com contas para criticar os aluguéis (Foto: Reprodução/Facebook)

Amanda Quintiliano

Com mais de 10 mil visualizações e 190 compartilhamentos nas redes sociais até no início da tarde desta terça-feira (08), o vereador eleito, Cleitinho Azevedo (PPS), conhecido como Cleitinho Elétrico, polemizou em mais um vídeo de quase dois minutos e meio. Intitulado “transparência” ele critica os aluguéis dos carros oficiais da Câmara de Divinópolis.

O Legislativo mantém contrato de locação de 17 veículos. Cada um, de aproximadamente, R$ 1,3 mil por mês. Numa conta “a grosso modo”, o vereador eleito tenta provar que é mais vantajoso a Câmara comprar do que alugar. Em quatro anos, por exemplo, são desembolados R$1.060.800,00 com as locações.

“Eles alegam que é bom alugar o carro por causa da manutenção. Hoje um Gol sai por volta de R$ 29,5 mil, você comprando 17 pode sair mais barato […]”, diz no vídeo, mostrando que a compra de 17 carros da mesma marca custaria mais barato do que os aluguéis.

A Câmara pagaria cerca de R$ 500 mil para comprar 17 veículos zero quilômetro, quase a metade do valor gasto com locação em um mandato.

“Sobre mais de meio milhão para a população. Ai eles me perguntam: e a manutenção? Gente, 17 carros novos vão gastar em quatro anos, acho que não vai gastar nada, meio milhão de reais?”, indaga e dispara: a moral é sobrar dinheiro.

“Ai você devolve o dinheiro para a prefeitura e ela não sabe gastar. Não sabe gastar porque não tem vereador para fiscalizar, porque se tiver vereador para fiscalizar vai ser bem gasto o dinheiro”, concluiu.

No vídeo Cleitinho reconhece a necessidade de ter o veículo à disposição.

“A demanda é grande. As vezes precisa ir num bairro, em outro. Aí eu vou no meu carro, o assessor vai no outro, é necessidade da Câmara, do vereador. Só não estou entendendo porque ele é alugado, porque não é da câmara?”.

Uso

Os carros oficiais podem ser utilizados apenas para atividades relacionadas ao exercício parlamentar, “sendo expressamente proibido o uso do mesmo para atividades particulares”. Eles podem ser usados apenas a serviço e no horário de expediente normal da câmara, exceto nos casos de viagens. Quando isso ocorrer é necessário a autorização por escrito informando o local, horário e finalidade.