Funcionária chamou o homem de “bichona” após discussão e disse ter reagido após ele a chamar de “mal amada”
Um caso de homofobia em uma casa lotérica mobilizou a Polícia Militar na tarde de quarta-feira (23/4), em Divinópolis, na Região Centro-Oeste de Minas. A funcionária do estabelecimento acabou presa após chamar um cliente de “bichona”. A declaração teria ocorrido depois que o professor, de 33 anos, a insultou de “mal-amada”.
A polícia prendeu a mulher, de 49 anos, e a levou para a Delegacia da Polícia Civil. O caso foi registrado como injúria racial, crime previsto em lei com pena de até cinco anos de prisão.
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Conforme a vítima, tudo começou quando ele esteve na casa lotérica para pagar uma conta e realizar um depósito. Como não sabia de cor os dados bancários, mostrou a tela do celular com as informações da transferência.
Contudo, de acordo com a vítima, a atendente, teria reagido de forma ríspida, dizendo que “não era obrigada a enxergar aquelas letras pequenas”, e chamou outra funcionária para atendê-lo.
O professor, sentindo-se maltratado, teria respondido que ela era “muito mal-amada”. Foi então que a situação piorou, a funcionária teria, então, reagido com gestos obscenos e o chamou de “bichona”, insulto homofóbico.
Indignado, o cliente deixou o local e, por orientação, decidiu registrar um boletim de ocorrência. A Polícia Militar esteve no local e conduziu as partes até a delegacia.
Homofobia em lotérica de Divinópolis
Na versão apresentada à polícia, a funcionária alegou que o cliente ficou exaltado após sua recusa em fazer o atendimento.
Além disso, disse ainda que ele a chamou de “burra”, “homofóbica” e “sem educação” enquanto ele saía do estabelecimento.
Apesar da alegação, o teor das palavras proferidas por ela se enquadra como injúria racial categoria que, segundo decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), abrange ofensas contra a comunidade LGBTQIA+.
O crime de injúria racial está previsto no artigo 140, §3º do Código Penal Brasileiro, com agravantes quando há motivação de preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem ou orientação sexual. A pena pode chegar a cinco anos de reclusão.
Polícia Civil
O PORTAL GERAIS tentou contato com a assessoria de comunicação da Policia Civil, mas, até o momento da publicação, não houve resposta.



