Troca de farpas foi entre Adair Otaviano e César Tarzan; A rixa era em relação a limpeza de praças e o “pai” das feitorias

O nível abaixou na reunião da Câmara de Divinópolis desta quinta (14). Os vereadores, Adair Otaviano (MDB) e César Tarzan (PP) trocaram farpas e jogaram “processos judiciais” um na cara do outro, mas sem citarem nomes, apenas na base da indireta.

Mas como para quem saber ler um pingo é letra, bastou Adair falar em falsidade ideológica, compra de votos, para Tarzan vestir a carapuça. Ele foi indiciado por esses crimes e outros quatro pela Polícia Federal.

O desentendimento teve início na reunião da última terça-feira (12). Tarzan, também sem mencionar nomes, chamou Adair de “paraquedista”.  Disse que ele tinha caído de paraquedas onde ele não tinha conhecimento. A rixa era em relação a limpeza de praças e o “pai” das feitorias.

Resposta

Ofendido com o termo “paraquedista”, Adair Otaviano não deixou por mesmo e rebateu Tarzan nesta quinta (14).

“Se tem alguém aqui que tá com dor de cotovelo, não sou eu (…) Se alguém caiu ou chegou de paraquedas, não fui eu. Cheguei aqui em 2001, com o currículo limpinho e há quase 19 anos nesta casa, ele continua assim e transparente, da mesma forma, ao contrário de outros, que acabaram de chegar e já estão indiciados, segundo a imprensa falada e escrita, por crimes eleitorais, de boca de urna, em duas modalidades. Compra de votos, falsidade ideológica eleitoral e de concussão (…) Tenho a outorga dos divinopolitanos para atuar em qualquer canto da cidade. Possuo provas e trabalho com documentos”, atacou Adair.

Tréplica

Coincidência ou não, o pronunciamento seguinte foi de Tarzan e o bate-boca continuou. O vereador tentou argumentar e disse que ainda não teve direito a defesa nas acusações que constam no inquérito da Polícia Federal.

“Quando ele fala da honestidade dele, ele não diz do crime de falsidade ideológica, quando teve que fazer um estágio de direito e mandou um assessor no lugar dele. Isso é crime, então não vou entrar em méritos, de quem está enciumado de feira, de praça, pois o meu perfil não é esse, entrar em brigas”, disparou Tarzan.

A história foi relatada na época pelo Jornal Agora e ficou conhecida como “cara crachá”. Entretanto, o caso nunca foi para frente e não houve acusações judiciais contra Adair. Não há nenhuma ação ou indiciamento relacionado ao caso.

Acalmando

O vereador Eduardo Print Jr. (SD) tentou acalmar os ânimos dizendo que o pronunciamento dele, da última reunião, também servia para a câmara. Falou em união e menos ego e vaidade.