Foto: Divulgação

Sem acordo e com salários defasados, os servidores de Carmo do Cajuru entram nesta quinta-feira (16) no quarto dia de greve. A categoria cobra a revisão salarial com base no Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), de 11,27%. Entretanto, não conseguiram arrancar do prefeito José Clarete Pimenta nenhuma proposta superior a 5%.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

No terceiro dia de manifestação, os servidores saíram em passeata pelas principais ruas da cidade e denunciaram a situação de defasagem salarial. Os salários deveriam ter sido corrigidos em janeiro, data-base da categoria.

“Tudo sofreu reajuste: alimentação, aluguel, vestuário e o servidor de Carmo do Cajuru está a cada dia perdendo o seu poder de compra com o salário congelado. Não estamos pedindo aumento de salário, estamos pedindo a recomposição das perdas da inflação, que é um direito constitucional garantido ao trabalhador”, denunciou a presidente do Sintram, Luciana Santos.

Dos 643 funcionários, cerca de 211 aderiram a manifestação. A maior parte da educação. Além de cobrarem a reposição, os servidores também denunciam casos em que alguns estão recebendo em contracheque valor inferior a um salário mínimo.

“Isso deve ser corrigido! O salário da Prefeitura de Carmo do Cajuru está tão defasado que no recente concurso, vários candidatos estão recusando a vaga devido a isso. É tão grave a situação, que poderá comprometer a Prevcarmo, o instituto de Previdência dos servidores”, enfatizou a diretora do Sintram, Ivanete Ferreira.

Município

A cidade conta com sete escolas municipais e dois Cemeis. As aulas foram interrompidas em cinco escolas (de 1º ao 5º ano). Os dois Cemeis também estão parados. Ao todo, 1.378 alunos estão sem aula e 622 crianças dos Cemeis também tiveram que ficar em casa.

Em nota a prefeitura, informou que os serviços na cidade continuam funcionando normalmente.

O prefeito reafirmou a posição do município, que mantém a proposta feita anteriormente. O projeto, prevendo o reajuste de 4% e o aumento do auxílio alimentação de R$ 7,00 para R$ 8,00 por dia trabalhado, será encaminhado à Câmara Municipal até o final desta semana e, caso aprovado, terá validade a partir de junho.

Além desta proposta, ele havia mencionado o reajuste de 5% sem aumento no vale alimentação. Todas as duas foram recusadas em assembleia na terça-feira (14). Apenas 25 servidores concordaram com a reposição de 5%, outro 100 foram contra.

Apoio

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Antecipando a isso, a diretoria do Sintram recorreu ao presidente da Câmara, vereador José Geraldo Duarte e pediu apoio ao movimento. O parlamentar disse que irá discutir com o jurídico para orientar como poderão apoiar a reivindicação da categoria.

Ele não confirmou o trancamento da pauta de votação, como sugerido por vereadores na reunião realizada nesta terça-feira (14).

“Vou sentar com o Jurídico e todos os vereadores para discutir essa situação e darmos um posicionamento mais seguro”, disse.