(Foto: Divulgação/CMD)

Proprietários de hangares do Aeroporto Brigadeiro Cabral em Divinópolis se reuniram nesta quarta-feira (06) com a Comissão de Administração Pública, Infraestrutura Serviços Urbanos e Desenvolvimento Econômico da Câmara Municipal. Na ocasião foi discutido sobre os valores que estão sendo cobrados dos proprietários de hangares, sob proposta de aumentar 50% do valor atual.

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A reunião contou com a presença dos vereadores José Wilson Periquito, Rodyson Kristnamurti, Marquinho Clementino, Hilton de Aguiar e Edimar Félix . Na oportunidade o Vereador Edimar Félix explicou que entre outros questionamentos foi constatado que após a reforma da pista de pouso e decolagem do aeroporto, surgiram problemas de vandalismo, sendo necessária a contratação de seguranças particulares, o que também elevou os custos e tarifas. 

Os empresários admitiram não concordar com o fato de a Prefeitura estar cobrando as taxas incluindo as despesas com a prestadora de serviços Socicam, empresa que hoje administra o aeroporto.

“Nós enfrentamos diversos problemas no aeroporto, pois é constante a presença de usuários de drogas no local, não há segurança suficiente para um monitoramento da pista e dos veículos no estacionamento do aeroporto, além da prestação de serviços ou socorro da empresa terceirizada que não atende nos hangares, mesmo tendo valor incluso nas taxas que pagamos,” disse um dos empresários.

Foi proposta por um dos empresários, a arrecadação de verba para o município arcar com as despesas do aeroporto, que seja implantado o sistema de cobrança do estacionamento de veículos, porém que seja reforçada a segurança no local para que as pessoas que utilizam dos serviços do aeroporto se sintam seguras em deixar o seu veículo no local enquanto viajam.

“Esta pode ser uma maneira do município conseguir verbas e não dobrar os valores que pagamos pelo hangar, pois acredito que um reajuste de até 25% seja justo, mais do que isso já se torna abusivo,” acrescentou.

(Foto: Divulgação/CMD)

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De acordo com os proprietários dos hangares, hoje a prefeitura paga para a Socicam R$ 165 mil por mês para manter 17 funcionários operando no aeroporto apenas nos horários de vôo da empresa Azul. Os dois caminhões de bombeiros que permanecem no pátio do aeroporto, além de fazerem parte de um comodato do governo, também só atendem as aeronaves da empresa Azul.

Outro ponto questionado foi de apenas Divinópolis arcar com os custos do aeroporto, uma vez que demais cidades da região também são beneficiadas com a instalação dos horários de vôo da empresa Azul.

Diante destas informações, a Comissão abrirá um canal de diálogo com o Poder Executivo para que seja feita uma revisão do contrato com a Socicam, considerando que o valor mensal é muito alto, e também será pedido um estudo de caso referente às inúmeras reclamações dos proprietários dos hangares como a falta de segurança, cobrança de tarifa de pouso e decolagem, falta de funcionários noturnos, revisão do contrato da Socicam, criação de renda através do estacionamento e monitoramento dos hangares após as 18h e das aeronaves lá guardadas.

Neste sentido a Comissão de Administração fará os encaminhamentos de todas as pontuações feitas na reunião, e irá analisar junto ao Executivo todas as informações concedidas pelos empresários para poder intermediar as negociações de baixar o reajuste de 50% para 25% e ainda atender as demandas de ambos.

Aproveitando a presença da maioria dos empresários, o relator Rodyson, questionou se era do conhecimento deles a respeito da denuncia feita em plenário pelo Vereador Adair Otaviano com relação à locação e terceirização dos hangares de maneira irregular. Todos negaram saber do fato, porém ainda há suspeita de que um proprietário de hangar que não estava presente na reunião, não tenha mais aeronave e possa ter alugado o espaço, porém, a informação não foi confirmada e seguirá sob investigação da Comissão.