MEC determinou o retomada presencial a partir de janeiro; Marcelo Pereira afirmou que o primeiro compromisso é com “a preservação da vida”

Jéssica Augusta Pereira

Em resposta à  portaria disposta pelo MEC nesta quarta-feira (02/12), que determina a volta das aulas presenciais nas Universidade Federais, o reitor da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Marcelo Pereira de Andrade garantiu em nota que “a comunidade acadêmica jamais será colocada em risco”. O reitor reiterou ainda que “é um momento de termos calma, de resolvermos essa questão coletiva e acertadamente. Nosso primeiro compromisso é com a preservação da vida, do bem-estar da comunidade acadêmica e da comunidade em geral”.

Hoje o reitor esteve presente em uma reunião com o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e assegurou que as decisões acerca da portaria, serão definidas a partir de “um posicionamento coletivo e definitivo” pela Associação Nacional de Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes) em plenária.

Marcelo esclareceu que a reitoria vai manter o posicionamento alinhado à autonomia universitária, às deliberações dos Conselhos Superiores e à Comissão de Enfrentamento à Covid-19 que vão contra à retomada das aulas presenciais no âmbito acadêmico.

A portaria publicada no Diário Oficial da União, determina que as aulas presenciais retornem nas Universidades Federais a partir do mês de janeiro de 2021, adotando o protocolo de biossegurança, de acordo com a Portaria MEC n°572, de 1° de julho de 2020. Além disso, as atividades remotas que eram ministradas através dos recursos digitais devem acontecer apenas de “forma complementar, em caráter excepcional”.

Segundo os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em 2019, as Universidades Federais lideraram o ranking de matrículas das instituições públicas de ensino, com 64%, sendo mais de 1,3 milhões de estudantes. Diante do cenário atual, onde só hoje o Brasil constatou 49.863 novos casos de Covid-19 e já contabiliza mais de 174 mil mortes, é imprescindível avaliar os impactos que esse retorno pode causar à saúde pública e à vida das pessoas.