Declaração ganha publicidade e oposição quer que secretária de Fazenda “dê nomes aos bois” e liste quais parlamentares tem cargo na prefeitura

O vereador de Divinópolis, Sargento Elton (Patriota) quer que a secretária de Fazenda, Suzana Xavier explique a declaração do conselheiro fiscal do Diviprev de que os vereadores tem cargos comissionados na prefeitura. A declaração, que consta em ata, ocorreu em reunião que discutiu o pedido de parcelamento da dívida do município com o instituto de previdência no dia 13 de novembro.

Criticando o pedido de negociação da dívida, ele tratou como “grave” as declarações do conselheiro. A afirmação ocorreu em meio as discussões sobre a aprovação ou não do parcelamento. As dificuldades financeiras, redução de receita foram abordadas.

Logo após um dos conselheiros administrativos questionar a ausência da secretária em outros momentos e do município esperar chegar “a esse ponto” para discutir a questão, o conselheiro fiscal então disse:

“As cobranças deveriam ser dirigidas aos vereadores, os quais tem grande número de cargos comissionados na prefeitura”, consta na ata.

Elton questionou a assinatura de Suzana sem qualquer ressalva na ata sobre a declaração.

“Gostaria que essa Casa, mediante a essa ata, e desta afirmação do funcionário, da aquiescência da secretária que assinou a ata sem ressalvas, que fosse convocada para que ela desse nomes aos bois de quem são esses cargos comissionados”, pediu o vereador.

Reação

A publicidade da ata gerou reação imediata dos vereadores, principalmente, de oposição. Matheus Costa (Cidadania) e Janete Aparecida (PSD), negando terem qualquer indicação, compactuaram com de Sargento Elton para que a secretária seja convocada.

“Quero deixar claro se tem vereador que teve indicação, eu nunca indiquei […] Que ela dê o nome de quem fez, porque eles não podem falar isso em nome de todos os vereadores como se estivéssemos em um mesmo balaio”, afirmou Janete.

A secretária deverá ser convocada pela Comissão de Participação Popular.

Parcelamento

O parcelamento foi aprovado em 60 parcelas. A justificativa do município é de que seria provisório para dar folga ao caixa até a entrada do dinheiro do pré-sal e desonerar a folha de pagamento de dezembro. O parcelamento também deve assegurar o Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP).

Foto: Divulgação/CMD