A demanda do Posto de Saúde Central seria superior a capacidade, aponta conselho (Foto/Divulgação)

Faltam médicos e demanda está acima da capacidade de algumas unidades, diz representante do Conselho

O Conselho Municipal de Saúde está mapeando a Atenção Primária de Divinópolis (MG). A precariedade do serviço é apontada como principal causa da superlotação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

O trabalho está sendo realizado pelo representante do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Minas Gerais (SEEMG) e membro do conselho, o enfermeiro Adílio Castro. Ele está visitando as unidades da cidade. Até o momento foram 18 visitas.

Entre os principais problemas identificados estão: a ausência de médicos e demanda acima da capacidade. Este é o caso, por exemplo, do Posto de Saúde Central.

A falta de médico foi relatada por usuários das unidades do Jardinópolis, Rancho Alegre e Campina Verde, segundo Adílio.

“Estamos observando uma deficiência na atenção primária. Ela não está atendendo a população. Devido a isso temos um grande fluxo de atendimento na UPA, que é uma unidade de urgência e emergência, e que algumas demandas deveriam ser atendidas nos postos de saúde”, relata.

O objetivo é mapear e fiscalizar “para ter uma saúde de qualidade”.

“Entendemos que essa engrenagem não está funcionando de forma correta e se ela não funciona, vamos ter uma UPA lotada, vamos ter dificuldade no atendimento. Nós temos também uma enfermagem totalmente doente porque tem a dificuldade de enfrentar hospitais superlotados, com carga horária totalmente exaustiva”, afirmou.

A UPA

A UPA tem atendido média de 400 pessoas por dia. O Instituto Brasileiro de Políticas Públicas (IBRAPP) – gestora da unidade, chegou a falar em documento encaminhado à câmara que a superlotação é derivada do recebimento do fluxo de pacientes das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s).

O IBRAPP alega que o município não está promovendo os atendimentos primários da competência dele.