Fernando Malta (Foto: Reprodução)

Como já dizia Magalhães Pinto, “política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”. Essa frase tem sido repetida constantemente nos bastidores político de Divinópolis para justificar a desistência dos pré-candidatos a prefeito. Desta quinta-feira (28) até sábado (30) mais nomes devem cair.

O primeiro foi o do empresário, Fernando Malta (PRB) que conseguiu sair pela tangente. Ele possuía um contrato com a Câmara Municipal – estacionamento – e deveria ter se afastado da empresa seis meses antes do pleito. Entretanto, o Via Park foi vendido no dia 1º de junho e a contabilidade deu entrada na documentação apenas no dia 10 do mesmo mês.

Ao PORTAL, ele contou que desconhecia a legislação e que a venda do estacionamento não estava

Fernando Malta (Foto: Reprodução)

Fernando Malta (Foto: Reprodução)

relacionada às eleições. Ele tomou conhecimento nesta quinta (28) após verificar se não havia nenhum impedimento para ser candidato e optou em retirar a pré-candidatura.

Um advogado especialista em direito eleitoral consultado pela reportagem afirmou que o afastamento deve ocorrer seis meses antes.  O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) disse que não comenta casos concretos.

Coligações

A desistência de Malta também está relacionada à tal “mudanças de nuvens”. O vereador Marquinho Clementino (PROS) uniu-se ao grupo do deputado estadual, Fabiano Tolentino (PPS) como divulgado em primeira mão pelo PORTAL. Na semana retrasada tanto Malta como Clementino tinham anunciado que caminhariam juntos. Nesta quinta-feira (28) o vento soprou, o cenário mudou, e o vereador deverá encabeçar chapa com o empresário Denis Fagundes (PPS).

Embora o PRB caminhe para coligar-se ao PPS e PROS, Fernando Malta deverá manter-se neutro.

“Daqui para frente vou fazer parte da política da cidade […] Não sei qual a posição que os dirigentes do PRB devem seguir, mas eu manterei uma posição independente, pode ser que eu mude de ideia, mas seria interessante eu me manter neutro”, comentou.

Quem também recuou para a consolidação da chapa foi o ex-prefeito, Aristides Salgado (PPS). Nesta quinta-feira (29) ele já havia antecipado ao PORTAL que não entraria em disputadas internas e nem seria candidato “a ferro e fogo”. A dificuldade de Aristides era de somar forças e encontrar um nome interessado em ser vice.

PSD

O próximo a recuar deverá ser o atual vice-prefeito, Rodrigo Resende (PSD). Também sem

Rodrigo deve definir até está sábado (30) se será ou não candidato (Foto: Amanda Quintiliano)

Rodrigo deve definir até está sábado (30) se será ou não candidato (Foto: Amanda Quintiliano)

opções para montar chapa, as lideranças do partido estão numa tarefa de convencimento. Resende não quer abrir mão de disputar a cadeira máxima do município, mas pessoas próximas a ele têm tentado mostrar que o cenário é desfavorável.

Caso ele desista da disputa, o PSD do deputado federal, Jaime Martins deverá coligar-se ao PPS e PROS. A decisão não deverá passar deste sábado (30) já que a convenção do PSD será no domingo (31).

Uma alternativa para Rodrigo seria ter na chapa como vice o apresentador Eduardo Silva (PSB). Os dois estão discutindo a composição ao longo desta sexta-feira (29). A tarde está sendo de reuniões. Vereadores estão participando das negociações. 

A convenção do PROS deverá ser segunda-feira (01) e a do PPS na quinta-feira (04). O prazo termina no dia 05 de julho.

PT

O PT não deverá coligar-se ao PROS e PPS. Existe um impedimento jurídico por parte do PPS para que essa aliança ocorra. Por enquanto, o Partido dos Trabalhadores tem dois nomes, o do advogado Iris Almeida e do ex-prefeito, Demetrius Arantes. A pré-convenção do partido será neste sábado (30). A convenção ainda não tem data marcada.