Regional de Saúde informou que com as medidas de flexibilização é esperado aumento de ocupação de leitos “não Covid-19”; Situação está controlada na região
O Complexo de Saúde São João de Deus emitiu nota, nesta terça-feira (28), em relação a transferência de leitos exclusivos para atendimento de pacientes com quadro clínico compatível com a Covid-19 para urgências em geral. A instituição afirma que a medida partiu de uma imposição da Secretaria de Estado de Saúde (Ses).
Em nota, o hospital informou que no dia 21 de julho, foi encaminhado ofício pela Superintendência Regional de Saúde sobre “disponibilidade gradual dos leitos” no qual impunha à instituição a readequação, disponibilizando 10 daqueles 20 leitos de “UTI Covid” para o atendimento de urgências. No documento, a regional afirmou que o hospital será acionado, conforme avanço da pandemia, para realizar a desocupação gradual.
“Sendo assim, deixamos claro, que não se trata de uma redução de leitos em nossa instituição e sim uma readequação que foi imposta pelo Estado baseado em uma Norma Técnica COES Minas de número 34. Reiteramos nosso compromisso no atendimento de todos os pacientes sejam eles Covid ou não, uma vez que somos uma instituição híbrida e referência para 53 municípios da macrorregião assistencial de saúde Oeste de Minas”, informou em nota.
Com a readequação, o hospital passa a contar com 15 leitos de UTI para atendimento a pacientes com quadro clínico compatível com o novo coronavírus pelo Sistema Único de Saúde (Sus), sendo 10 adultos e cinco pediátricos. Além de outros 38 leitos de UTI SUS Geral (não Covid), sendo 30 leitos para adultos, seis para atendimento neonatal e dois pediátricos.
“Este novo “Plano de Contingência” poderá sofrer alterações a qualquer momento e o quantitativo de leitos dispostos para atendimento Covid no CSSJD readaptado de acordo com orientações do Estado”, afirmou.
Situação controlada
A Secretaria de Estado de Saúde Minas Gerais, por meio da Superintendência Regional de Saúde de Divinópolis, informou que “os 10 leitos continuam sendo referência para Covid-19 no plano operativo, porém, a ocupação será gradual em caso de avanço da epidemia e ocorrerá em conformidade com as normativas vigentes”.
A regional esclareceu ainda que após a implementação de medidas de flexibilização do isolamento social é esperado que haja aumento da ocupação de leitos “não Covid-19”, principalmente traumas provocados por acidentes automobilísticos.
Hoje, segundo a superintendência, a Macrorregião Oeste se encontra em uma situação relativamente confortável em relação aos leitos: a taxa de ocupação dos leitos de UTI, está em 55,2%. Em relação ao novo coronavírus, 18,4% dos leitos estão ocupados por pacientes com a doença.
O Plano Operativo de enfrentamento à pandemia possibilitou que a Macrorregião Oeste ampliasse 145 leitos de UTI: em fevereiro eram 105, hoje, 250.