Autor do pedido rebateu e diz que investigação policial não impede trabalho paralelo dos vereadores

Mesmo com supostas irregularidades na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Divinópolis, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) encerrou os trabalhos sem ao menos iniciar as investigações. O relator Rodyson do Zé Milton (PV) alegou, ao ler o relatório, que a unidade já está em investigação pela Polícia Federal e que não há um “fato determinado”.

O relatório foi assinado pelos vereadores Rodyson e Hilton de Aguiar (MDB). No documento os vereadores relataram que não houve fato determinado que justifique a legalidade do processo da CPI.

“O relatório apresentado realmente constatou algumas irregularidades, mas iremos esperar o parecer da Polícia Federal, sobre as investigações ainda em andamento. A CPI só está autorizada a investigar um fato preciso, com delimitação adequada e suficiente para evitar dúvidas quanto ao objeto da apuração. Mas nada impede que, tão logo que surja fato novo, o mesmo seja objeto de nova investigação, podendo sim ser instituída uma outra CPI”, destacou Rodyson.  

Entretanto, o autor do pedido e também membro da CPI, o vereador Eduardo Azevedo (PSC) rebateu. Ele deixou registrado no documento que o fato de existir investigação policial em curso, não constitui óbice ao prosseguimento da CPI.

“Não temos a pretensão de fiscalizar o trabalho policial ou mesmo de se buscar fazer trabalho mais eficiente. Fato é que, não se tem ciência das conclusões a que a investigação chegou ou até que ponto se estendeu. Neste contexto, as diligências e passos que poderiam ser empreendidos para tornar a CPI efetiva antes da medida que se apresenta, tais como convite ao delegado para estabelecer ao poder legislativo o que até então se apurou, bem como analise do inquérito policial”, destacou Eduardo.