Membros da comissão também aprovaram o envio do grau de escolaridade de todos os comissionados da prefeitura de Divinópolis
Amanda Quintiliano
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aprovou, nesta quarta-feira (04), a quebra de sigilo telefônico de cinco pessoas envolvidas nos áudios que apontam possível negociata de cargos públicos na Prefeitura de Divinópolis. A comissão investiga indícios da prática de atos lesivos ao interesse público por parte do Poder Executivo.
O requerimento foi feito por um dos membros da CPI, o vereador Edson Sousa (MDB). Foi autoriza a quebra do sigilo do prefeito , Galileu Machado (MDB), do ex aliado, Marcelo Marreco, do ex assessor especial, Fausto Barros, do jornalista, Geraldo Passos e da secretária municipal de Administração, Orçamento e Informação, Raquel Oliveira.
A intenção é ter acesso a relação da ligações feitas e recebidas por essas pessoas entre o dia 14/06/2017 até 30/04/2018. Com a quebra do sigilo telefônico, os vereadores poderão verificar, por exemplo, se há envolvimento do ex-assessor especial, afastado do cargo por decisão judicial e já exonerado.
Apesar de Marreco alegar que não recebeu nenhuma vez ligação de Barros, nos áudios o nome dele é mencionado.
Grau de instrução
Os membros da comissão também aprovaram o envio do grau de escolaridade de todos os comissionados da prefeitura nomeados a partir de 01 de janeiro de 2017 até a presente data.
Marreco alega ter apenas a oitava série do ensino fundamental e, segundo o vereador Edson, para assumir o cargo de Coordenador de Abastecimento Alimentar na Secretaria de Desenvolvimento Agrônomo é necessário ensino médio e notório saber. O denunciante recusou o cargo antes de apresentar os áudios apontando suposta negociata.
O cargo, segundo Marreco, era para impedi-lo de fazer o uso da tribuna livre e divulgar novas denúncias sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Saneamento.