Em alguns pontos, a demanda aumentou cerca de 33%; Crescimento foi após casos de febre maculosa

Lucas Alcântara

Após a confirmação de casos de febre maculosa, transmitida pelo carrapato-estrela, a demanda por medicamentos, repelentes e outros agentes médicos cresceu em grande parte de clínicas veterinárias e agropecuárias. Só essa semana, a prefeitura confirmou que há suspeita de mais duas vítimas acometidas pela doença, sendo ambas crianças, de 02 e 10 anos.

Para tentar se prevenir do carrapato, os moradores têm apostado em produtos repelentes como forma de combate. Em entrevista ao PORTAL, Jéssica Maria, 19, contou que deixou de frequentar o Parque da Ilha, local onde realizava suas práticas esportivas, e que foi interditado para tentar conter o problema, por medo.

“Eu corria todos os dias na Ilha. De uns tempos pra cá, andei vendo umas capivaras no local. Eu sabia que elas carregavam muitos carrapatos. Quando começou esse surto em Divinópolis eu não pisei lá mais. Tive que mudar minha rota. Mesmo que não esteja nem próximo da ilha, ainda sim, eu não saio de casa sem repelente, morro de medo desses bichinhos”, afirmou. 

O temor da população fez com que o mercado agropecuário registrasse um aumento de mais de 33% na procura por remédios. O veterinário Welington Gontijo, 50, explicou que não somente nesse período, mas durante todo o ano produtos como esses são comercializados.

“Nós vendemos mais de cem produtos para conter o carrapato. Temos comprimidos, remédios para borrifar no ambiente. O que mais vendemos são os pulverizadores de ambiente. O pessoal sempre procura Cipermitrina, entre outros”, afirmou.

Além do cuidado para não contrair a doença, evitando lugares não zoneados e com vasta vegetação, é necessário também estar atento aos medicamentos próprios para evitar o transmissor.

“De uns tempos para cá, esses carrapatos têm criado uma certa resistência aos remédios. Não é qualquer medicação que está funcionando mais não. Infelizmente os mais eficazes são mais caros, por isso, acabam vendendo menos, mas, na maioria das vezes são os que mais dão resultados”, explicou.