Jéssica Ramos
Causa gay, racismo, liberdade religiosa, socialismo, anti-petismo e etc.Temos visto os povos levantarem tantas bandeiras anti-preconceito ou pró-desenvolvimento, e no fim, tudo é vaidade. A causa gay se levanta para se dizer discriminada pelos cristãos, o congresso se levanta para dizer que a causa negra precisa de atenção especial na lista de quotas, Zeca Camargo se julga no direito de categorizar a cultura brasileira e alguns religiosos se consideram no direito de matar em nome da fé.
Sabe o que eu penso? Penso que ao invés de lutarmos para sermos “especiais” deveríamos lutar para sermos “iguais”. O seu direito vai até onde começa o do outro. Colocar uma transsexual como figura de Jesus Cristo em um protesto em uma cruz é um desrespeito às crenças do cristianismo. É como colocar uma mulher na figura de Maomé, imagina como o povo islâmico se sentiria desrespeitado? De igual modo, imagine só se os cristãos levantarem uma bandeira na rua com a ilustração de “um homossexual no inferno”, certamente seria uma prática lamentável de julgamento, considerada crime de homofobia (com todo jus). Será que realmente vale a pena ferir a liberdade do outro em nome de uma bandeira própria?
Desejo que possamos parar de levantar bandeiras que dizem “eu tenho direito” e que possamos largar o “eu” e levantar bandeiras do “nós te respeitamos”. Vivemos em um país laico, Graças a Deus! Cada um tem liberdade, mas lembre-se que sua bandeira só pode ser levantada até onde não seja ferido o direito do outro. Temos visto lados radicais que se julgam melhores, superiores. Que se aproveitam de leis criadas para a paz, tornando-as ferramenta de imunidade para ferirem os valores dos que pensam diferente deles. Como posso querer o direito de escolher meus critérios morais, se não respeito os critérios morais do outro? Sou cristã, e por diversas vezes me senti ofendida com a ação de outros “justiceiros” que se dizem “cristãos” e também com ações vindas de outras bandeiras que se vitimizam e não respeitam minhas crenças.
Cuidado, ao levantar sua bandeira de vítima, dizer que sua causa é maior (se é que existe tamanho) e chamar um cristão de preconceituoso, ou um homossexual de pervertido. De sorte, a lei trabalha para criminalizar ações que ofendam os homossexuais, apesar que deveria trabalhar também para igualizar crime ações que ofendam qualquer liberdade religiosa e moral. O caminho não é tornar as pessoas “diferentes” e “especiais”. Deveria ser para torná-las iguais.
O que alguns chamam “discriminação”, para alguns cristãos significa a morte, a ceifa de uma vida sem qualquer direito. Na imagem à cima, mostra o trecho do vídeo enviado pelo Estado Islâmico que executou 21 cristãos em abril 2015 na Líbia, pelo simples fato não quererem negar sua religião e se converter ao islamismo. Esse é apenas um dos milhares de casos de execução. Então pense bem antes de chamar um cristão de preconceituoso. Pense bem antes de levantar uma bandeira de respeito. Pode ser una bandeira de “igualdade”? Pode, mas também pode ser uma bandeira de desrespeito e vaidade. Pode ser a bandeira do “eu” e não do “nós”.