A chuva desta terça-feira (28) deixou os moradores de Divinópolis assustados. Vários pontos de alagamentos foram registrados. Em algumas ruas, as águas chegaram a invadir as casas. Carros foram arrastados. Além do susto, o temporal de 30 minutos também deixou um alerta sobre o acúmulo de lixos nas ruas. O coordenador da Defesa Civil, Dreyfus Rabelo pediu a colaboração da população.
Os pontos de alagamentos foram registrados devido ao entupimento de bueiros causados, por exemplo, por plásticos e até garrafas pets. Com o acúmulo a passagem de água foi bloqueada. Um dos locais atingidos foi a Rua Antônio Olímpio com Sergipe da região central. Segundo o secretário, a limpeza preventiva é realizada durante todo o ano, além da varrição. Mas, só isso não é suficiente.
“É muito importante a população não deixar sujeira na rua e não é só lixo doméstico, comercial, é entulho de construção […] Quando vem as chuvas eles são arrastados e quando cai na boca de lobo ainda é fácil de limpar, mas quando passa para a tubulação aí fica inviável, não tem como adentrar porque a manilha é pequena e não cabe uma pessoa”, afirmou.
Carros submersos
Um aglomerado de terra foi a causa do alagamento da Rua Paraíba com João Notini. O proprietário de um terreno depositou o material no local para aterrar, com a chuva foi o acarretamento impedindo a vazão da água. Pelo menos três carros ficaram submersos. O dono do lote estava com alvará para executar a obra vencido.
“Alertamos a Seplan (Secretaria de Planejamento) que ali não poderia ter construção. Ele tinha alvará para um prédio, ele deu baixa e tirou um para a construção de um galpão e esse alvará estava vencido, então ele não poderia ter nem mexido no lote”, explicou Rabelo, acrescentando que o proprietário será notificado para retirar o excesso de terra.
No local havia o antigo leito do córrego Sidil que foi canalizado. A rede pluvial começa na Minas Gerais, pega a Rio Grande do Sul, Paraná e as demais ruas no sentido bairro. Problemas já foram registrado na região, como a abertura de uma cratera devido ao rompimento de manilhas.
Enchentes
Dreyfus descartou, inicialmente, o risco de enchentes. Com o período de estiagem o volume do Rio Itapecerica ficou abaixo no nível normal.
“Para que ele ganhasse o volume de água para recuperar e ganhar mais volume para provocar uma inundação teria que chover muito mais do que ontem, muitos dias corridos nas cabeceiras dos rios e ao redor de Divinópolis”, esclareceu.
De acordo com o balanço da Defesa Civil, não houve registro de quedas de árvores, deslizamentos ou desmoronamentos de barrancos ou casas. As ocorrências ficaram concentradas e pontos de alagamentos.