Vinícius Luz

 

O prédio foi interditado após a vistoria (Fotos: Vinícius Luz)

O prédio foi interditado após a vistoria (Fotos: Vinícius Luz)

A Defesa Civil esteve na tarde hoje (06) no depósito irregular de lixo hospitalar no Distrito Industrial onde lacrou o lote. A estrutura dentro da área está comprometida e a prefeitura tentará demolir a construção para evitar acidentes. O município ainda aguarda decisão judicial para responsabilizar as empresas que contrataram a tratadora de resíduos.

 

De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Dreyffus Rabelo, a construção foi abalada no último incêndio registrado em outubro do ano passado. O cômodo que estava repleto de lixo hospitalar ficou comprometido e por isso a área foi interditada. O portão da frente foi lacrado novamente e as cercas dos fundos restauradas.

 

“Solicitaremos junto ao Ministério Público autorização para demolir a construção e assim evitar riscos”, conta.

 

Um laudo será enviado ainda esta semana para o MP para explicar a situação. O coordenador ainda explica que tal operação será feita de forma mais cautelosa e com maquinário pesado.

 

“A área gera risco de contaminação já que há várias seringas e agulhas espalhadas por todo o lote” reforça.

 

O coordenador ainda afirmou que o incidente que gerou o segundo incêndio e destruiu a construção do lote também será investigada e os responsáveis responderão por crime ambiental e danos a patrimônio particular.

 

Depósito

 

Em maio de 2013 um incêndio em um lote revelou o depósito ilegal de lixo hospitalar no distrito Industrial. Uma empresa de

Dois incêndios atingiram o prédio

Dois incêndios atingiram o prédio

Poços de Caldas estava descartando os resíduos ilegalmente e sem qualquer tratamento na área e em um galpão no mesmo bairro. Esta já havia sido notificada várias vezes pela Vigilância Sanitária desde 2011 quando se instalou nestas áreas. Os dois depósitos foram lacrados, mas um novo incêndio atingiu o lote vago em outubro do ano passado destruindo a estrutura da área.

 

Moradores da região reclamam que fumaça nunca se apagou e continua infestando a área além de temerem o risco de contaminação. O Ministério Público já possui dois processos contra os responsáveis e a Vara da Fazenda Pública está analisando um pedido de quebra de sigilo fiscal da prefeitura para identificar os contratantes da empresa de tratamento de resíduos e obrigá-los a retirar o material e tratá-lo.