Vereador Dr. Delano Divinópolis
Dr. Delano diz que o aumento do prazo vai diminuir a burocracia (Foto: Liziane Ricardo/CMD)

Amanda Quintiliano

Apesar do lançamento da pedra fundamental do Hospital Público Regional ter soado, na época, como a grande solução para o problema de déficit de leitos na região, passados mais de seis anos, a obra se tornou um imenso “elefante branco”. A probabilidade de colocá-lo em funcionamento está tão distante da realidade que o vereador, Dr. Delano (PMDB) sugeriu ao secretário de Estado de Saúde, Sávio Sousa Cruz, que dê outra destinação a ele.

A sugestão foi dada, nesta segunda-feira (27), em reunião na Cidade Administrativa para discutir o atraso no repasse da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Divinópolis. O Estado deve 16 parcelas de R$125 mil cada e o secretário, segundo Delano, deixou claro que não há dinheiro para quitar o débito e que há outras prioridades, como o João XXIII. Na lista prioritária também está o Hospital São João de Deus.

“Se o São João de Deus é prioritário que pegue esse dinheiro que ainda falta investir no Hospital Público e invista nele”, afirmou.

Até o momento já foram liberados pela Secretaria de Estado de Saúde R$ 63 milhões para as obras do Hospital Regional.  A previsão de custo final é de R$ 98.917.720,37. Isso sem falar nos equipamentos que podem custar cerca de R$70 milhões, além de definir a forma de gestão.

Após secretário falar que não será ativado o hospital público, Dr. Delano sugeriu novamente em transformar o hospital São João de Deus em hospital público e onde existe 80% de obra construída pudesse ser outra aquisição do estado com outra direção. 

“Isso é apenas sugestão, ideia que dei ao secretário”, explicando que não significa que será acolhida pelo Estado.

“O Estado está quebrado”, enfatizou.

UPA

O secretário, na reunião, também deixou claro que o Estado não tem dinheiro nem para pagar o custeio mensal da UPA. Para liberar R$1 milhão houve uma manobra. O deputado estadual, Fábio Avelar (Avante) que articulou a reunião, cedeu a emenda de R$1 milhão autorizada pelo Estado a ele para serem quitadas parcelas em atraso.

Em outras palavras, ao invés do Estado liberar o recurso para outra finalidade indicado pelo parlamentar, o dinheiro será usado para pagar cerca de oito parcelas do total em atrasos.