Deputada Lohanna critica programa religioso na Rede Minas
Foto: Assessoria Deputada Lohanna / Divulgação

A deputada questionou a imparcialidade da emissora e pediu uma investigação para garantir que o canal público respeite a diversidade de crenças.

A deputada Lohanna (PV), vice-presidente da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), anunciou que pedirá a investigação do possível uso da Rede Minas de Televisão para doutrinação religiosa através do programa “Danizinha Protetora”.

Críticas

Em suas redes sociais, Lohanna destacou que o programa, exibido diariamente às 8h na Rede Minas, um dos principais canais públicos de Minas Gerais, faz críticas às escolas e promove doutrinação religiosa. “É um caso clássico de abuso de poder econômico, político e de doutrinação das nossas crianças. O programa não parece ter conexão nenhuma com os assuntos de Minas Gerais,” afirmou a parlamentar.

Detalhes

Ela também observou que o nome “Danizinha” refere-se à pastora Daniela Linhares, filha do pastor Jorge Linhares, que já foi convocado pelo Ministério Público para depor por ataques à comunidade LGBTQIAPN+. “Eles não disfarçam o quanto são alinhados com a extrema-direita e sua turma, o que explica o acesso facilitado para exibir um desenho mal produzido numa emissora pública como a Rede Minas,” acrescentou.

Questionamento

A deputada questionou se o programa estaria violando princípios constitucionais e comprometendo a imparcialidade exigida em emissoras financiadas com recursos públicos. Como vice-presidente da Comissão de Cultura, Lohanna acompanhará a situação e protocolará um requerimento solicitando mais informações à Rede Minas. “Precisamos discutir o papel das emissoras públicas na promoção de conteúdos religiosos e garantir que respeitem a diversidade de crenças da população, e não apenas um grupo específico próximo ao Governo de Minas,” enfatizou.

Palanque político

Encerrando o vídeo com uma passagem bíblica sobre lobos e ovelhas, Lohanna criticou o uso de instituições religiosas como palanques políticos. “Precisamos refletir sobre a facilidade com que transformam o altar em palanque e o espaço da igreja em grandes comícios. Essa gente só protege uma família e uma fé: a deles. São mercadores da fé, como aqueles que Jesus expulsou do templo e que certamente expulsaria hoje também,” disparou.