Em função do atraso nas obras de melhorias da MG-050, sob responsabilidade da concessionária AB Nascentes das Gerais, deputados defenderam a suspensão do aumento da tarifa de pedágio da rodovia, previsto para começar a vigorar no próximo domingo (12/6/22). A sugestão foi feita durante audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, nesta terça-feira (7).

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Deputados reclamaram que o atraso nas obras estão prejudicando a população das cidades cortadas pela rodovia – Foto:Luiz Santana

O autor do requerimento para a realização do debate, deputado Cássio Soares (PSD), esclareceu que o reajuste anual está previsto no contrato de parceria entre a empresa e o governo estadual, mas o considerou imoral. “Não há que se pensar que teremos tarifas caras, sem obras entregues, sem termos uma rodovia em condições mínimas, sabendo que é pedageada há 15 anos”, argumentou ao lembrar que a concessão foi a primeira do Estado, em 2007.

Cleitinho Azevedo (Cidadania) também se revoltou com o aumento e estranhou que o anúncio tenha sido feito após o veto do governador ao Projeto de Lei (PL) 554/19, de sua autoria, que impedia reajustes de pedágios em trechos com obras atrasadas. “Se tivesse virado lei, esse aumento não haveria”.

O deputado sugeriu que Romeu Zema impeça o novo preço. “Em vez de namorar com a Nascentes, vai namorar com a população”, ironizou ao lembrar que o reajuste acontece no Dia dos Namorados. Cássio Soares completou que o usuário da rodovia já vem sofrendo com os atrasos das melhorias e não pode mais ser penalizado.

Antonio Carlos Arantes (PL) ponderou que o trabalho na estrada acelerou nesta gestão, mas advertiu que ainda representa muitos perigos, especialmente em época de chuvas por causa dos alagamentos. “Minha maior preocupação é com a vida”. Na opinião do parlamentar, algumas obras simples já podem ser agilizadas para melhorar o tráfefo e evitar os graves acidentes que ainda ocorrem na rodovia.

diretor-executivo da Nascentes das Gerais, Joselito Rodrigues de Castro, explicou que o reajuste é uma correção inflacionária prevista no contrato assinado com o Estado, para corrigir os aumentos de custos do serviço e de insumos como energia elétrica e telefonia.