Conclusão da obra foi debatida em reunião fomentada pela Fiemg e entidades de Divinópolis

Pressionados por entidades empresariais, deputados federais e estaduais se comprometeram a indicar R$8,5 milhões em emendas para conclusão do Hospital Público, em Divinópolis. Os valores foram divulgados, nesta sexta-feira (07), em reunião na sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg – regional Centro-Oeste).

Mobilizado pelo Grupo Estratégico – formado por entidades, o alvo foram os políticos eleitos com votos em municípios da região. Participaram nove, dentre eles dois que não ocuparão cadeiras no próprio mandato, o federal Jaime Martins (PROS) e o estadual, Fabiano Tolentino (PPS).

Entre eleitos e reeleitos participaram os federais: Domingos Sávio (PSDB), Reginaldo Lopes (PSDB), Vilson da Fetaemg (PSB), Gustavo Mitre (PSC). Já entre os estaduais: Fábio Avelar (Avante) e Cleitinho Azevedo (PPS). O senador Carlos Viana (PHS) também esteve presente.

Posicionamento

As indicações de emendas foram instigadas por Domingos Sávio. Primeiro a falar, comprometeu-se com o maior valor: R$3 milhões, sendo R$1 milhão  individual e R$2 milhões de bancada.

O tucano sugeriu ainda a mobilização dos parlamentares para tentarem liberar os montantes em bloco, possibilitando assim a retomada das obras.

Seguindo as indicações, Jaime Martins se comprometeu com R$1 milhão. Ele ainda falou em encontrar soluções criativas e participativas. Chamou os demais entes para a discussão e citou a possibilidade de transformar a unidade em um hospital escola.

Já Vilson não mencionou emendas. Eleito para o mandado que irá começar, falou em se reunir com representantes da Fetaemg e fomentar a participação da entidade com colaborações financeiras.

Reginaldo Lopes prometeu indicar R$1 milhão em emenda da bancada. Afirmou que não se compromete com a individual, pois há outros hospitais em crise que precisam de ajuda.

O petista foi além e incentivou os prefeitos presentes a não participarem de rateios para a conclusão da obra. Alegou que os municípios estão sobrecarregados e com as contas estranguladas.

Estaduais

Fabiano Tolentino citou os investimentos já direcionados para a saúde da região. Disse que devido estar no fim do mandato não terá muita força para colaborar nos próximos dois anos. Em campanha velada, afirmou esperar poder ser mais ativo nos dois anos seguintes.

Falando em cuidar primeiro “da própria casa” – referindo-se a Divinópolis, Cleitinho prometeu R$2,5 milhões em emenda. Entretanto, como ainda tomará posse, essa indicação só será válida para 2020, com previsão no orçamento que será aprovado no próximo ano.

Fábio Avelar comprometeu-se com R$1 milhão. Mais focado em fazer balanço de mandato, falou apenas em união entre os eleitos para cobrar a participação do Estado.

O presidente da Fiemg Centro-oeste, destacou a importância da participação das indústrias em discussões de impacto social (Foto: Amanda Quintiliano)

Senador

Coerente, o senador Carlos Viana não prometeu emendas que ainda não existem. Como ainda tomará posse, elas poderão ser indicadas no próximo ano para o orçamento de 2020.

Ele tocou em outro problema: gestão de recursos da saúde. Defendeu a qualificação de mão de obra e da gerência de hospitais.

Expectativas

Os R$8,5 milhões ainda são gotas no oceano, mas um passo fundamental para reiniciar as obras. Em uma iniciativa importante, a Fiemg e demais entidades mostraram que a pluralidade é fundamental para construir soluções para bens coletivos e apartidários.

“O mais importante, foi o que aconteceu aqui hoje, é essa união de vários deputados federais, estaduais e o senador, de partidos diferentes, todos por uma causa em comum, que é o hospital regional e colocando emendas, sem paixões partidárias”, destacou o presidente da Fiemg, Paulo César da Costa.

“A partir de agora, nós somos fomentadores, pois não temos competência para gerir recursos”, afirmou, dizendo que novas ações devem ser promovidas.

Veja em números o que falta para colocar o hospital em funcionamento:

Fotos: Amanda Quintiliano