Floramar Divinópolis
(Foto: Vinícius Luz)

Conhecer as características e a trajetória de cada condenado e possibilitar a sua ressocialização. Essa é uma das principais propostas do trabalho de cadastramento que vem sendo desenvolvido com 230 presos, que cumprem regime semiaberto, em Divinópolis. O anúncio do projeto foi feito durante a reunião da Associação Comunitária para Assuntos de Segurança Pública, (Acasp) e tem sido considerado um trabalho importante para evitar a reincidência dos presos no mundo crime. 

O cadastro começou no início do ano e é desenvolvido com detentos da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) e é coordenado por uma aluna do Curso de Psicologia da Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg).

“Nós adaptamos a ficha de questionário, e através de uma avaliação, ela foi modificada de acordo com a realidade dos condenados. O objetivo é entender o impacto gerado na vida do preso e dos familiares ao passar pelo sistema prisional”, ressaltou a estudante de Psicologia, Janice Amorim.

 

O trabalho inicial foi o de reconhecimento da demanda e de qual maneira seria possível oferecer atividades direcionadas a promoção da dignidade e inserção aos detentos. Esse cadastro tem analisado várias áreas da vida do condenado para que seja promovido junto as famílias, poder público e mercado de trabalho ações que ajudem a resgatar a dignidade e a volta a sociedade.

“Essa ficha contém dados importantes, questionamos, por exemplo: idade, se trabalham, se moram com a família, se possuem computador, se o bairro onde moram tem maior índice de condenados. Essas informações estão indo para um banco de dados. Assim que finalizado este processo de entrevistas partimos para definir as estratégias,” explicou Janice Amorim.

O cadastro deve levar de 8 a 12 meses para ser concluído. A próxima etapa consiste em visitas e entrevistas com os familiares dos condenados.