Amanda Quintiliano

 

Dárcio era na época secretário de Obras (Foto: Amanda Quintiliano/Arquivo)

Dárcio era na época secretário de Obras (Foto: Amanda Quintiliano/Arquivo)

O Superintende da Usina de Projetos, Lúcio Espíndola e o Secretário Municipal de Saúde, Dárcio Abud Lemos foram afastados, nesta quinta-feira (19), por determinação judicial. Os dois e os servidores Cléber Aguiar Evangelista e Alexandre Lacerda, também afastados, são alvos de investigações de possíveis irregularidades num processo licitatório. O procedimento é originado da gestão 2005/2008, do na época prefeito, Demetrius Pereira.

 

De acordo com nota encaminhada pela Prefeitura, no final da tarde desta quinta-feira (19), o afastamento é válido por 180 dias e tem caráter de preservar a instrução processual não configurando pré-julgamento de culpabilidade. Ainda segundo a nota, o prefeito Vladimir Azevedo (PSDB) acatou a liminar, sem contestação, para reforçar “a transparência do seu governo e a pronta disponibilidade de colaborar com a justiça”.

 

O afastamento atende a uma determinação do juiz Mauro Riuji que deferiu liminar a favor do Ministério Público Estadual. A promotoria investiga possíveis fraudes em um processo licitatório de 2006. Trata-se de um procedimento de investigação judicial movida contra o ex-prefeito Demetrius e mais seis pessoas sobre licitações e favorecimento de empresas.

 

Na época, Dárcio comandava a pasta de obras e Lúcio era diretor. De acordo com informações apuradas pela

Lúcio era diretor de obras (Foto: Divulgação)

Lúcio era diretor de obras (Foto: Divulgação)

reportagem, os dois servidores envolvidos são efetivos. Cleber é presidente do Clube dos Servidores. Ainda são citados no processo o ex-controlador Kelsen Rios e o na época secretário de Fazenda, José Sinésio Junior.

 

PAC

 

O processo disponibilizado no site do Tribunal de Justiça não deixa claro se o processo licitatório é referente às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Entretanto, fontes ligadas ao governo na época, diz que há ligações com o PAC.

 

Em 2008, as obras chegaram a ser paralisadas após uma operação da Polícia Federal que apontou irregularidades em Divinópolis e em outros 117 municípios do país. O rombo total, apontado na época, era de R$ 700 milhões.

 

A reportagem tentou contato com o Ministério Público e com o juiz Mauro Riuji, mas nenhum foi encontrado para comentar o caso.