Passaram a valer neste início de fevereiro as novas alíquotas da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Programa de Integração Social (PIS) sobre a gasolina e o óleo diesel. A alta dos tributos faz parte das medidas do ajuste fiscal anunciadas pela equipe econômica. O aumento dos dois impostos corresponderá a R$ 0,22 a mais em cada litro de gasolina e R$ 0,15 por litro do diesel, conforme cálculos divulgados pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
O aumento de PIS e Cofins terá validade até 1º de maio, quando volta a valer a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina e o óleo diesel.
Como a elevação dos tributos chegará às bombas de combustíveis, é de se esperar que haja um impacto na inflação. A Fazenda trabalha com essa hipótese. Tanto que na última quarta-feira (28), na divulgação do relatório da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), ficou claro que o Banco Central pretende apertar ainda mais o cinto por meio de ferramentas como o aumento da taxa básica de juros, a Selic.
Os preços dos combustíveis devem ter uma alta de 8% em 2015, segundo previsão do próprio BC.
Frete e tarifas
O Departamento de Custos Operacionais, Estudos Técnicos e Econômicos da NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) analisou o impacto que isso geraria no frete. O estudo levou em conta o aumento de 7% na bomba, pois, segundo Neuto Gonçalves dos Reis, diretor técnico da NTC&Logística, o reajuste de 8% é válido apenas para o preço da refinaria e nem todo o aumento chegará às bombas.
O aumento do preço do diesel cria mais pressão sobre as tarifas de ônibus urbanos. O valor do combustível é um dos principais nas planilhas que avaliam o índice de reajuste anual.