Amanda Quintiliano

 

Após a demissão de 39 funcionários, a direção do Hospital São João de Deus procurou o Sindical Profissional dos Enfermeiros e Empregados em Hospitais, Casas de Saúde, Duchistas e Massagistas de Divinópolis, para esclarecer o que motivou a medida. Na próxima terça-feira (29) a lista com o nome dos afastados será apresentada à presidente da entidade, Denísia Aparecida da Silva.

 

As demissões tiveram início na semana passada. Foram afetados técnicos em enfermagem e colaboradores do Serviço de Higienização e Limpeza e do Serviço de Nutrição e Dietética. De acordo com a Assessoria de Comunicação do Hospital, foram demitidos os funcionários em período de experiência. Em nenhum momento o Sindicato foi informado.

 

A presidente da entidade criticou a medida e disse que há 15 dias encaminhou uma solicitação de reunião, mas não obteve retorno. O encontro, segundo ela, seria para se inteirar das medidas que serão tomadas pela nova administração. “Quem está lá dentro fica sabendo mais ou menos do que ocorre, mas não tem informações concretas. Precisamos saber o que eles pretendem para levar a eles”, disse.

 

Denísia também ressaltou que o clima entre os funcionários é de insegurança. “O clima está tenso lá dentro. Ninguém sabe o que vai acontecer”, afirmou.

 

Apesar da alegação utilizada pela direção de que as demissões foram necessárias devido a redução dos números de atendimentos, principalmente de urgência e emergência, ela reprovou.

 

“Acho que não era necessária, apesar da crise. Não é demitindo que vai se resolver o problema. Tem coisas piores ali. Então porque não demitiram quem ganha muito mais? Eles estão demitindo quem ganha salário mínimo e precisa do trabalho”, argumentou.

 

A reunião será na sede do Sindicato, às 19h. Desde que os membros da nova diretoria assumiram a administração não houve contato entre as instituições, segundo a presidente do Sindicato.