Vereador de Divinópolis Marcos Vinícius
O vereador também falou em desburocratização para atrair mais empresas (Foto: Divulgação/CMD)

Estado deve mais de R$90 milhões ao município e não há previsão de repasse; Falta de dinheiro é grave; enfatiza Marcos Vinícius

O ditado já diz: o que está ruim pode piorar. Essa é a projeção feita pelo vereador de Divinópolis, Marcos Vinícius (PROS) após conversar com o secretário municipal de saúde, Amarildo de Sousa. A crise financeira que assola os municípios mineiros pode refletir diretamente em serviços essenciais. A maior preocupação no momento é com o funcionamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

As ponderações do vereador foram feitas durante entrevista ao PORTAL para falar sobre a eleição da Mesa Diretora. Marcos Vinícius disse estar analisando o convite recebido por Rodrigo Kaboja (PSD) para compor a chapa encabeçada por ele como vice-presidente. Disse que a crise do município está grave e por isso seria necessário analisar as propostas que convergem com a nova realidade.

“Vamos ter uma situação sem igual na cidade por causa da questão financeira. Temos que ter responsabilidade, porque vamos ter uma crise como nunca antes”, afirmou.

Citando escalonamento salarial que deve ocorrer a partir deste mês para todas as categorias, mencionou também a UPA.

“As informações que tenho, por parte da Semusa, é que está tendo uma preparação grande por falta de repasse do Estado e União”.

Segundo o vereador, os atrasos salariais podem atingir também os servidores da UPA o que poderá prejudicar o atendimento, por exemplo, em uma eventual paralisação.

Crise

Só a Divinópolis o governo do Estado deve cerca de R$90 milhões e não fala em pagar. A situação agravante foi apresentada por prefeitos da região nesta terça-feira (30) em reunião na Associação dos Municípios do Vale do Itapecerica (Amvi). Um documento será confeccionado com recomendações para aliviar a falta de dinheiro.

Apesar das discussões, ao PORTAL, antes do início da reunião, a secretária de Fazenda, Susana Xavier disse não acreditar que medidas paliativas irão resolver devido ao alto montante. Com exclusividade, ela também confirmou que é analisada a possibilidade de decretar Calamidade Financeira.

A secretária também afirmou que os serviços essenciais podem sofrer com a dívida milionária do Estado com o município. Veja a entrevista completa:

A crise assola a maioria das prefeituras de Minas. Só com 35 municípios do Centro-Oeste, o montante ultrapassa R$280 milhões.