Arthur Tótoli
Para você que gosta de comer fora de casa, a conta deverá ficar mais cara nos próximos meses. Isso é reflexo da crise que o país enfrenta e que já chegou à vários setores do comércio, inclusive ao da alimentação fora do lar, que é um dos que mais emprega no nosso país.
Um levantamento feito pelo Núcleo de Pesquisas Econômicas (NUPEC) da Faculdade Faced confirmou o aumento em Divinópolis. Os dados coletados entre os dias 20 e 24 de novembro em 20 restaurantes da cidade mostraram que, no prazo de um ano, o Self-Service com balança, sem balança e prato feito ficaram mais salgados para o bolso do consumidor.
O Self-Service sem balança foi o prato que mais aumentou, passando de R$6,25 em novembro de 2014 para R$8,60 o quilo em novembro de 2015, um aumento de 27,4%. O segundo que mais encareceu é o prato feito, que aumentou 9,4%, pulando de R$7,80 a R$8,60, além do Self-Service com balança que reajustou 6,4%, saindo de R$36,77 para R$39,28.
Para o Coordenador da Pesquisa e Economista Leandro Maia Fernandes existe uma explicação para isso, o aumento do valor das despesas básicas.
“Na realidade se nós observamos de médio prazo, a estimativa é que o preço aumente. Isso se dá pelo aumento do custo de produção, do aumento do feijão, do óleo, batata e demais alimentos, o aumento das contas de água e energia, além do custo de manutenção de um restaurante e sua mão de obra.”
Ainda segundo ele, a inflação em cima dos alimentos já está na casa dos 10% o que acarreta no encarecimento dos alimentos, mas ele alerta que esse aumento nos preços dos restaurantes deve acontecer aos poucos.
“A expectativa é que os donos dos restaurantes aumentem gradativamente o preço da refeição, até mesmo para não espantarem as pessoas, além de buscar outras formas de atrair novos clientes”.