O município repassou um imóvel para possibilitar a implantação da unidade (Foto: Letícia Enes/PMD)

O município repassou um imóvel para possibilitar a implantação da unidade (Foto: Letícia Enes/PMD)

Divinópolis ganha mais um espaço para o tratamento e recuperação de dependentes químicos, usuários de álcool e outras drogas. Será a primeira unidade na região Centro-Oeste a oferecer atendimento exclusivo a adolescentes do sexo feminino, com idade entre 11 e 18 anos incompletos. Na manhã desta terça-feira (28), o prefeito Vladimir Azevedo entregou à Associação Missão Maria de Nazaré as chaves do imóvel viabilizado pelo município, com área total de 4.000 metros quadrados, localizado na comunidade rural Cacôco.

 

Para o prefeito, o investimento fortalece a política sobre drogas implementada em sua gestão.

 

“Nossa expectativa é de que em fevereiro, mais tardar março, a casa já esteja em pleno funcionamento, entendendo que as dependências estão praticamente prontas, com pequenas adaptações para que ela funcione. Haverá mais espaço, e será um instrumento da nossa política sobre drogas, trabalhando na recuperação de pessoas, nesse caso, adolescentes. A demanda é grande, infelizmente, mas é um problema que nós temos no Brasil como um todo e a gente tem que ter uma estruturação”, afirmou.

 

Para iniciar as atividades, a entidade conta com o apoio da iniciativa privada, por meio do FIA, no custeio da unidade.

 

“Nós vamos lançar uma campanha para gente reformar o vestiário, e correremos atrás de outras parcerias para fazer a manutenção. As salas de aula serão transformadas em quartos, oferecendo ainda refeitório e cozinha. A área que era a secretaria, onde ficava a biblioteca, dará para salas de oficinas e administração. O imóvel também oferece um pequeno auditório, que iremos utilizar. Enfim, a estrutura é muito boa em que tivemos o apoio da Prefeitura”, destacou Eduardo Rivelli, presidente da Associação Missão Maria de Nazaré.

 

“É a primeira casa que vai atender a meninas adolescentes na região, criando uma forma de acolhimento. Antes, como não tinha nenhuma casa, era muito deficiente o tratamento de meninas dependentes químicas”, completou.

 

O tratamento funcionará baseado nos doze passos. “Lá, a gente trabalha o atendimento terapêutico, psicossocial, espiritualidade. O período de internação é entre seis e doze meses, dependendo de cada caso, sendo avaliado permanentemente pela equipe técnica, formada por 20 profissionais, entre psicólogo, assistente social e professores”, explicou o presidente.

 

A assinatura do termo de cessão do espaço, em regime de comodato, destinado à montagem da casa de acolhimento de adolescentes dependentes químicos contou com a presença de diversas autoridades, entre elas, o juiz diretor do Fórum, Dr. Francisco de Assis Corrêa, promotor da Infância e Juventude, Dr. Carlos José e Silva Fortes, representante do Conselho Municipal sobre Drogas, Antonio de Pádua Campos, e o secretário de Desenvolvimento Social, Paulo Sérgio dos Prazeres.