Os coletores foram deixados em casas da zona rural e do bairro Tietê (Foto: Divulgação)

Casos de esquistossomose – também conhecida como xistose, barriga d’água e doença dos caramujos – estão preocupando moradores da zona rural de Divinópolis e do bairro Tietê.  A doença parasitária é causada por um verme chamado Schistosoma. A Vigilância Epidemiológica a tratou como endêmica na cidade.

Nas últimas semanas a atuação de agentes de saúdes nas regiões Oeste e Noroeste Distante aumentou, por exemplo, nas comunidades do Quilombo, Choro, Piteiras, para citar algumas. Potes para coleta de materiais para exames foram deixados nas residências, segundo relatos de moradores. No Quilombo, em um córrego, há uma placa alertando sobre a existência de caramujos.

“A Semusa está deixando até os coletores nas residências. Acho isso uma coisa muito grave, se tiver uma epidemia. Se estão deixando coletores alguma dúvida eles têm. Nunca ocorreu teste assim, pelo que eu me lembre. No mínimo é estranho”, contou uma morada do bairro Tietê.

Os coletores foram deixados em casas da zona rural e do bairro Tietê (Foto: Divulgação)

Os coletores foram deixados em casas da zona rural e do bairro Tietê (Foto: Divulgação)

Para combater a doença, há o Programa de Controle da Esquistossomose (PCE). Ele realiza atividades de diagnóstico laboratorial e de encaminhamento à Unidade de Saúde mais próxima do paciente com resultado positivo. Para os casos confirmados, o município fornece, gratuitamente, através do setor, o medicamento Praziquantel.

As ações do PCE, são executadas por dois técnicos em conjunto com os agentes comunitários de saúde dos Programas de Saúde da Família (PSF). Todas elas, segundo a Vigilância, já se estenderam à toda população residente nas comunidades rurais do município.

Atualmente estão sendo realizadas junto à população pertencente à área de abrangência do ESF Tietê. De acordo com balanço divulgado nesta quarta-feira (19), este ano já foram registrados sete casos da doença, contra 15 em todo o ano passado.

Transmissão

Para a transmissão da doença é necessário a presença, no ambiente aquático, de um tipo de caramujo, onde o parasita passa uma parte do seu desenvolvimento.

A doença é adquirida pela penetração do parasita através da pele, quando o homem entra em contato com águas contaminadas pelo verme.

Os sintomas são: febre, perda de apetite, dor abdominal, dor de cabeça, diarréia, vômitos e inchaço do fígado. Podem ocorrer formas mais graves acometendo os rins e o sistema nervoso central.