Secretaria de Saúde informou que a funcionária registrou boletim de ocorrência e que está dando o suporte necessário.
Uma servidora de um dispositivo de saúde mental em Divinópolis foi agredida por um paciente, na madrugada desta quinta-feira (10/10). O incidente ocorreu na Residência Terapêutica, onde o paciente desferiu um golpe no rosto da servidora, conforme divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).
Em nota, a Semusa se solidarizou com a servidora e se comprometeu a acompanhar o caso, prestando todo o suporte necessário, tanto físico quanto emocional. O atendimento inicial ocorreu imediatamente após o incidente, e a servidora, após registrar o Boletim de Ocorrência, recebeu atendimento médico no local de sua preferência.
Servidora agredida por paciente em Divinópolis
“A Semusa também se compromete a continuar e intensificar as capacitações para os servidores, abordando manejo em saúde mental, casos graves e intervenções baseadas na desescalada verbal, ou seja, estratégias para que o profissional auxilie o usuário em crise a se acalmar e encontrar soluções sem grandes consequências prejudiciais para si e para terceiros”, informou a secretaria.
A Residência Terapêutica acolhe usuários de saúde mental que possuem histórico de acompanhamento para transtornos mentais, com o objetivo de oferecer dignidade e qualidade de vida a pessoas que enfrentaram violações de direitos, tortura, violência e restrição de liberdade em tratamentos desumanos e violentos da história da psiquiatria.
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Comportamento agressivo
Ainda em nota, a secretaria explicou que, em períodos de adaptação ou em situações de crise psíquica, qualquer pessoa pode apresentar comportamento auto ou heteroagressivo. Ou seja, direcionar a agressividade a terceiros.
Em casos de usuários com longo histórico de tratamento para transtornos mentais graves e persistentes, como os atendidos nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e nas residências terapêuticas, é possível que ocorram situações como essa. Isso, conforme a secretaria, especialmente pela concentração de indivíduos com essas características em um mesmo local.
“Por isso, é fundamental contar com uma equipe capacitada, que possua habilidades em manejo de saúde mental. Além de competências socioafetivas e técnicas para lidar com casos complexos que necessitam de cuidados especializados”, completou a secretaria.
Em seguida, a Semusa acrescentou:
“É importante destacar que pessoas com transtornos mentais diagnosticados, conforme apontado em diversos estudos (Steadman, 1998; Haefner e Boeker, 1982), não são mais perigosas nem apresentam maior risco de violência em comparação com a população sem diagnóstico. O estigma de que há mais pessoas com transtornos mentais entre criminosos é fruto de preconceito e falta de informação.”