Amanda Quintiliano

Já conhecida como “rodovia da morte”, a concessionária AB Nascentes das Gerais – responsável pela manutenção, está na mira do governo estadual. Para reforçar o coro, o deputado estadual, Fabiano Tolentino (PPS) percorreu os 372 quilômetros ao longo da última semana. Passando por cada praça de pedágio a constatação obtida não foi diferente já da conhecida pelos divinopolitanos.

“Divinópolis tem os piores trechos da MG-050”, afirmou Tolentino.

Além da “curva da morte” onde há o maior número de acidentes com vítimas em toda a extensão, há outros trechos que exigem intervenções urgentes por parte da concessionária. Um deles é o trevo do Icaraí, seguido pelo acesso ao bairro Niterói; Avenida JK; e bairros Nossa Senhora da Conceição; e Quintino.

Os projetos existem há mais de dois anos. Porém, apenas um dos já apresentados em dezembro de 2014 deixou o papel: o do trevo de acesso à BR-494, Nova Serrana. Todas as demais obras não têm previsão de serem iniciadas.

“Na verdade estamos sem um cronograma. O existente foi passado para o governo estadual que está analisando. O governador [Fernando Pimentel] já falou que se não houver os ajustes necessários irá romper o contrato”, comenta o deputado.

A AB Nascentes já foi multada em R$ 23 milhões por atraso no cumprimento do cronograma. A multa aplicada foi objeto de recurso por parte da concessionária, porém o agravo não foi aceito e a sentença foi reformada no início de março pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Audiências

Ao PORTAL o deputado disse que os atrasos ocorrem ao longo de toda a extensão. Um exemplo é o trecho de Mateus Leme.

“As obras estão praticamente paradas. Tem poucos homens trabalhando. Precisamos de uma solução rápida. Eu faço o meu papel de fiscalizar, cobrar. Não é possível continuar desta forma”, enfatiza.

Tolentino aguarda a formação das comissões na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para solicitar a realização de uma nova audiência pública em Belo Horizonte e também em Divinópolis.

“Tem três anos que realizamos a última e precisamos cobrar mais, pressionar”, finaliza.