Segundo Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa), divulgado nesta quinta-feira (12) pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), Divinópolis tem risco médio de epidemia de dengue e outras doenças transmitidas pelo vetor.

O trabalho foi realizado entre os dias 02 e 06 de janeiro, e aponta que as regiões Centro e Nordeste apresentam alto risco para epidemia. Sabe-se que o mosquito Aedes Aegypti é também transmissor da Zika, Chikungunya, e em casos isolados e raros, de Febre Amarela.

O LIRAa é uma metodologia que ajuda a mapear os locais com altos índices de infestação do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, alerta sobre os possíveis pontos de epidemia da doença. Os agentes de saúde visitaram 4.922 imóveis em uma semana. 94,08% dos focos foram encontrados nas residências, e o restante, em lotes vagos. O índice de infestação na cidade foi de 3,10%, o que é considerado risco médio.

“Depois que os agentes mapeiam as áreas, a Semusa inicia ações de combates ao mosquito. Nos bairros de maior risco epidêmico, os agentes fazem visitas domiciliares para orientarem a população. Pedem para evitar recipientes que acumulem água abertos, arrumar telhados quebrados, tampar ralos, caixas de passagem, limpar piscinas, já que o maior percentual de focos são encontrados dentro de casa. Se cada um tirar 10 minutos por semana e realizar esses procedimentos, com certeza o risco será menor”, conta o Supervisor Geral no Controle de Endemias, Juliano Cunha.

Ainda de acordo com Juliano, neste ano 03 casos de dengue já foram notificados na cidade. O número de mosquitos contaminados com o vírus é menor se comparado com o mesmo período do ano anterior, mas os cuidados ainda devem ser redobrados.

“A Semusa continua com as ações de prevenção, realizando arrastões de limpeza e visitas domiciliares. As caixas d’águas sem tampa já foram teladas. O uso do carro fumacê ainda não é necessário, apenas quando há um número alto de Aedes Aegypti contaminados, o que neste momento não foi detectado”, finaliza.

Conforme o LIRAa, os depósitos fixos como sanitários em desuso, calhas, lajes, piscinas, caixas de passagem, ralos e fontes ornamentais tiveram o maior volume de focos encontrado atingindo 30,2 %. Já os depósitos móveis como vasos/pratos de planta e bebedouros de animais registraram 26,2 %.

Em resíduos sólidos urbanos como plásticos, garrafas, latas, sucatas e entulho, o percentual foi de 18,6 %. Já os depósitos para consumo doméstico como caixa d’água, tambor e tanque representaram 16,9 %, e os pneus, outros 8,1 %.

Regiões 

Apesar do risco médio de epidemia em geral, duas regiões de Divinópolis estão em situação de alto risco. A Central (Dom Pedro II, Esplanada, Porto Velho, Sidil e Vila Central do Divino) está com o maior índice de infestação: 5,37%.

Já a Nordeste (Centro Industrial, Danilo Passos, Del Rey, Espírito Santo, Grajaú, Icaraí, Itaí, Jardim Candidés, Lagoa dos Mandarins, Manoel Valinhas, Niterói, São João de Deus II, São Luiz e São Simão) ficou com 5,33%.

A Norte registrou 3,61%, e a Oeste 2,67% apresentou risco médio.  Já a Sudeste e a Sudoeste foram as regiões de menores índices: 1,63% e 1,48%, respectivamente, de acordo com o levantamento.