Nayara também foi pré-selecionada para Harvard, mas antes de concluir o processo optou em ir para Oxford (Foto: Arquivo Pessoal)
Nayara aptou em fazer o curso na Inglaterra (Foto: Arquivo Pessoal)

Nayara aptou em fazer o curso na Inglaterra (Foto: Arquivo Pessoal)

A um passo de realizar o grande sonho. Assim está a divinopolitana Nayara Moura, de 19 anos. Em março próximo ela embarca para a Inglaterra, onde começa mais uma etapa do trabalho iniciado na Funedi, agora Uemg, em Divinópolis. A jovem estudante conquistou duas bolsas de estudos nas duas instituições consideradas as melhores do mundo.

Ela foi aprovada para o curso de pós-graduação sobre História Militar em Oxford, na Inglaterra. Nayara também conquistou a vaga em Harvard, nos Estados Unidos, mas lá ela precisaria passar ainda por uma avaliação de proficiência em inglês. Como não domina o idioma fluentemente, optou em ir para o Reino Unido.

Nayara está no 5º período de história na Uemg, campus Divinópolis. Antes mesmo de concluir o curso, ela iniciou o trabalho de mestrado sobre a segunda Guerra Mundial. E, foi em meio as pesquisas, indo visitar um veterano, em Belo Horizonte, que surgiu a ideia do intercâmbio.

Conversando com uma professora, ela sugeriu à jovem estudante que pesquisasse sobre cursos fora do país. Na mesma noite ela entrou em vários sites e coincidentemente, encontrou o processo de seleção para estrangeiros. Tudo isso ocorreu há seis meses.

“Faltavam duas semanas para entregar todas as exigências, e eu me inscrevi para Oxford só para saber como funcionava o processo seletivo e me preparar para a seleção do ano seguinte. Também me inscrevi em Harvard nos EUA. De início era necessário enviar um projeto de pesquisa na matéria inscrita, eu me inscrevi em história militar, e como já estava pesquisando veteranos pensando no mestrado, eu já tinha um projeto mais ou menos pronto. Finalizei-o e o envie”, relembra.

Aprovação

O projeto foi aprovado e três dias depois as provas foram enviadas para a divinopolitana e ela teve outros cinco dias para responder. Diante do curto prazo vieram outros desafios e obstáculos. Ela precisava conciliar a semana de provas na faculdade, apresentar relatórios de estágios, etc. Mas, o principal, era o inglês.

“Pensei em desistir várias vezes “não vai dar em nada mesmo”. Mas acabei chamando um primo meu que fala inglês para me ajudar nas provas. Eu não falo inglês, não conseguia entender nenhuma das questões, então ele lia em português para mim, eu o respondia em português e ele escrevia a resposta em inglês”, conta.

As respostas foram encaminhadas no penúltimo dia e seis meses depois a surpresa: ela foi aprovada para a área de História Militar. O curso pode ser 100% presencial, ou 40% on-line e 60% presencial. Como ainda não concluiu a graduação, ela poderá fazer a pós, mas só receberá o certificado quando finalizar o curso de história.

Preparação

Agora o momento é de preparação. Mesmo com a bolsa de estudo, o custo para se manter não é barato. A universidade oferece o dormitório por cinco libras diárias, fora isso ainda há outros gastos como alimentação e higienização. Mas, a história da determinada estudante divinopolitana já chegou na Inglaterra e uma brasileira que vive lá já ofereceu estadia.

A partir de agora ficam apenas as expectativas.

“É tudo muito novo para mim. Estudei em escola pública a vida inteira, nunca fiz um curso de inglês, nunca saí do sudeste, e de repente, eu estou indo para um país desconhecido estudar o que amo em uma das melhores universidades do mundo”.