O deputado federal Domingos Sávio (PSDB) quer que o governo de Minas compense Divinópolis em R$15 milhões pela doação do imóvel do hospital regional. A transferência da propriedade é condição para a conclusão da obra, hoje 80% finalizada. 

O projeto deverá ser encaminhado à câmara pela prefeitura nas próximas semanas.

O dinheiro requerido pelo parlamentar é para a construção da ponte ligando os bairros Realengo – onde está localizada a unidade hospitalar – e o Maria Peçanha. A ideia é encurtar o trajeto que, dependendo do horário, pode levar até 30 minutos para a chegada de uma ambulância.

A informação foi divulgada, nesta quinta-feira (30/9), pelo vereador Eduardo Print Jr (PSDB) durante a reunião da Câmara de Divinópolis. O edil participou do encontrou com o governador nesta semana.

 

 

Eduardo Print Jr. destacou a importância na construção da ponte para o Hospital Público (Foto: Divulgação/Câmara de Divinópolis)

 

“Falta de humildade”

A construção da ponte foi pauta do último mandato. Um empréstimo foi aprovado pelos vereadores. Entretanto, no final do ano passado, o então prefeito Galileu Machado (MDB) pediu a revogação de parte do montante, que até então, não havia sido utilizado por questões burocráticas. 

Dentro do pacote de R$25 milhões, estava o recurso para as obras da travessia, como foi lembrado por Print Jr.

“O projeto só não está em vigor e as obras não se iniciaram porque você (vice-prefeita Janete Aparecida, na época ainda vereadora) disse que não queria o dinheiro emprestado naquela época”, lembrou citando a reunião a portas fechadas em que ela pediu para revogar.

Ele ainda criticou a falta de articulação, na época, pelos eleitos – o prefeito Gleidson Azevedo (PSC) e a vice –  e disse que a ponte só não saiu do papel por um “jeito precoce”, “êxtase da vitória nas eleições” e um “novo formato de se trabalhar a política”.

O vereador ainda afirmou que o “egoísmo e o jeito de se tratar a política, de se achar que é maior ou melhor que outro, não vai levar a nada, por que o mundo dá voltas”.

“A ponte tem que sair, ela vai ter que existir. Mas por falta de uma articulação macro, talvez de uma simplicidade, de uma humildade, a palavra certa, o empréstimo foi devolvido, e Divinópolis terá que esperar alguns meses”, comentou, ironizando: “Tivemos que voltar a discutir sobre a ponte”.

Caso o governador não concorde com a compensação, segundo Print Jr., terá que ser avaliado um novo empréstimo.