Deputado afirma risco de recessão se a proposta não for aprovada até agosto e classifica como tragédia a possibilidade dela não passar

Ao mesmo tempo em que defendeu mudanças na proposta original da reforma da previdência, o deputado federal, Domingos Sávio (PSDB) falou na urgência em aprova-la. Reafirmando ser “necessária” o tucano disse, nesta segunda (24), ao PORTAL CENTRO-OESTE, que o projeto deve ser analisado com frieza e sem paixão partidária.

O deputado foi além e resumiu em “tragédia” caso a reforma não seja aprovada. Citando os Estados e municípios, disse que sem a aprovação o déficit deve aumentar aguçando a crise que assola os cofres públicos municipais e estaduais.

“Se não fizer a reforma, o prejuízo é para todo mundo. Então, fazer é uma necessidade absoluta”, relatou o deputado.

Mudanças

Entretanto, Sávio também afirmou que é preciso fazer uma reforma com justiça e devido a isso, algumas mudanças, segundo ele, precisam ser feitas. Entre elas está a retirada do trabalhador rural da proposta.

Para o tucano não é justo querer que quem está no campo trabalhe até uma idade muito avançada.

Outra pauta que deve ser retirada, de acordo com Domingos, é a questão relacionada ao portador de deficiência e a pessoa idosa mais pobre, sendo o chamado Benefício de Prestação Continuada, mantendo o sistema que funciona nos dias atuais.

O deputado também defendeu regras de transições para não penalizar, por exemplo, que está prestes a se aposentar.

“Tem uma emenda de minha autoria, nesse sentido, propondo uma regra de transição para todos”.

Como ponto positivo ele citou o fim da aposentadoria especial para políticos, assim como as milionárias para juízes, promotores.

Votações

A Comissão Especial da reforma da Previdência deverá votar o parecer do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) até quinta-feira 27 e o plenário da Casa pode analisar a proposta nas duas primeiras semanas de julho

Para Domingos, caso a reforma não saia até agosto, haverá risco de recessão, que segundo ele, já está se manifestando por meio do desemprego.

“Ela afeta a vida de todo mundo. Querendo ou não, mesmo quem está trabalhando está sentindo o risco da inflação voltar, os estados e municípios em uma situação quase que de falência. Então é preciso se concluir, até para começarmos a discutir outros assuntos na Câmara, como a Reforma Tributária, para fazer com que o país avance e gere oportunidades para todos os brasileiros”, finalizou.