Para o deputado, ensino veterinário precisa ser 100% presencial, assim como os demais cursos da saúde
O deputado federal Domingos Sávio (PL-MG) manifestou forte crítica à decisão do Ministério da Educação (MEC) que excluiu o curso de Medicina Veterinária da nova regulamentação que restringe o ensino a distância (EaD) para determinadas graduações. A norma, publicada em 20 de maio, determinou que os cursos de Medicina, Odontologia, Enfermagem, Direito e Psicologia sejam oferecidos exclusivamente na modalidade presencial, porém, manteve a permissão para que a Medicina Veterinária continue, parcial ou integralmente, no modelo remoto.
Para o parlamentar, que é médico veterinário formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a decisão é incoerente e representa um risco à formação profissional e, consequentemente, à saúde pública. “A exclusão da Medicina Veterinária dessa regulamentação é um erro grave. A formação de um médico veterinário exige aulas práticas, vivências de campo, contato direto com animais e atividades em laboratórios. Isso simplesmente não é possível ser ensinado por uma tela de computador”, afirmou Domingos Sávio.
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Além disso, o deputado destacou que a Medicina Veterinária tem papel fundamental na saúde pública, atuando na vigilância sanitária, no controle de zoonoses, na inspeção de alimentos e na proteção da saúde humana e animal. Por isso, segundo ele, não faz sentido que o curso não esteja submetido às mesmas exigências de presencialidade que as demais graduações da área da saúde. “A Medicina Veterinária não pode ser tratada de forma diferente. Nossa profissão impacta diretamente na segurança alimentar, na saúde animal e na saúde das pessoas”, reforçou.
Domingos Sávio também afirmou que vem mantendo diálogo constante com entidades representativas da categoria, como o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e os conselhos regionais, além de universidades e associações. Todos, segundo ele, são unânimes na defesa da necessidade de um ensino 100% presencial.
O parlamentar ainda alertou que a manutenção do EaD na formação veterinária favorece interesses econômicos de algumas instituições privadas que priorizam o lucro em detrimento da qualidade da educação. “Nossa luta é pela valorização da profissão e pela segurança da sociedade. Como deputado federal e médico veterinário, seguirei atuando com firmeza no Congresso para derrubar qualquer brecha que permita esse tipo de formação remota em um curso que, por sua natureza, deve ser prático e presencial”, enfatizou.
Por fim, Domingos Sávio reiterou que continuará mobilizado contra qualquer projeto de lei que tente flexibilizar a obrigatoriedade das aulas presenciais na Medicina Veterinária. “Essa é uma questão de responsabilidade com a formação dos profissionais e, acima de tudo, com a proteção da saúde pública, da saúde animal e da segurança da população”, concluiu.