Em Brasília, Sávio destaca medidas excessivas contra Bolsonaro enquanto aliados impulsionam mobilização política
Em um vídeo direto de Brasília, o deputado federal e presidente do PL Minas, Domingos Sávio, declarou seu descontentamento com as ações recentes do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Após reunião com políticos da oposição, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, Sávio afirmou: “Chega, o Brasil não pode aceitar a ditadura de Alexandre de Moraes”.
Sávio manteve a crítica sobre a imposição de uma tornozeleira eletrônica e a proibição de entrevistas. As palavras do deputado refletem uma insatisfação crescente entre aliados de Bolsonaro, que consideram as ações do ministro como ameaças às liberdades democráticas no país.
A determinação do uso da tornozeleira ocorreu após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou risco de fuga do país e intimidação a ministros do STF, da PGR e da Polícia Federal. Bolsonaro é réu por uma tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Mobilização pelo impeachment de Alexandre de Moraes
O movimento que pede o impeachment de Alexandre de Moraes tem se intensificado entre aliados do ex-presidente. O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos), lidera a mobilização, argumentando que as medidas contra Bolsonaro são desproporcionais e politicamente motivadas. Azevedo e outros apoiadores sustentam que a liberdade de expressão e os direitos políticos estão sob risco, necessitando de uma resposta firme.
Conforme Sávio, “Não é possível isso. Nós temos que falar por ele”, referindo-se à proibição de Bolsonaro de se pronunciar publicamente. E, completou: “Qualquer preso dá entrevista no Brasil”.
Como ocorre o impeachment de um ministro do STF
O processo de impeachment de um ministro do Supremo Tribunal Federal no Brasil é complexo e exige um consenso robusto. Primeiramente, a denúncia precisa ser apresentada ao Senado Federal. Há mais de 50 pedidos de impeachment contra ministros do STF parados na Casa.
Se aceita, forma-se uma comissão especial para investigar as acusações. Em seguida, o ministro acusado tem o direito de defesa enquanto há a análide das provas.
Para que o impeachment ocorra, é necessário o apoio de dois terços dos senadores. Se aprovado, o ministro perde seu cargo e os direitos políticos por oito anos. Esse caminho, embora previsto legalmente, é raro devido à estabilidade convencional dos ministros do STF e à necessidade de um acordo político expressivo.
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Repercussões políticas e futuras ações
As declarações de Domingos Sávio e a crescente mobilização refletem tensões políticas significativas no cenário brasileiro. Após a reunião com Bolsonaro, congressistas de oposição estabelceram que o foco para depois do recesso legislativo será o impeachment do ministro, a anistia aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro e o avanço da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 333 de 2017 –que restringe o foro privilegiado.



