A presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) Minas e do Sinpro (Sindicato dos Professores) Minas, Valéria Morato, participou nesta terça-feira (2/5) da sessão especial da Comissão Geral da Câmara dos Deputados sobre o Dia do Trabalhador. Em seu discurso, falou da situação do trabalhador em Minas Gerais e apresentou propostas para reverter o quadro de desigualdade social no país: “é preciso valorizar o trabalhador”.

A dirigente lembrou em seu discurso que, em 2021, mais de 1 milhão de mineiros terminaram o ano sem emprego. 

“A Reforma Trabalhista não aumentou os postos de trabalho, mas sim o trabalho informal. O saldo da reforma, aliado à falta de investimento em serviços públicos, é a insegurança social, a fome e a miséria”, afirmou. 

No primeiro trimestre deste ano, o trabalho informal correspondia a 40% dos postos de trabalho no estado.

“A população não consegue mais comprar gás de cozinha e se queima cozinhando com álcool”, denunciou. 

Mesmo entre os que estão empregados, o salário vem se desvalorizando com a alta da inflação.

“O custo da cesta básica subiu mais de 30% em três anos e a conta de energia teve um crescimento médio anual de 16,4%”.

Entre as propostas apresentadas por ela para mudar esta realidade está a criação de um projeto de desenvolvimento, o investimento em políticas públicas, a geração de emprego decente e a conquista de salário mínimo justo.

“O salário tem que garantir o sustento do trabalhador e sua família, é necessário assegurar a recomposição da inflação e o aumento real”, afirmou. 

O debate, que contou com a participação de políticos, lideranças de movimentos sociais e sindical e especialistas, tratou sobre o diagnóstico, as desigualdades e as perspectivas do mundo do trabalho no Brasil. Valéria foi indicada pela CTB, entidade da qual também é vice-presidente nacional.