Declarações da vereadora Ana Paula foram o estopim para agravar mal-estar entre governo e líder na câmara

Após o mal-estar agravado entre o governo e o líder na câmara, o vereador de Divinópolis Edsom Sousa (Cidadania) pelas declarações da vereadora Ana Paula do Quintino (PSC), uma reunião, nesta segunda-feira (4/4) apaziguou o clima. Sousa disse ao PORTAL GERAIS que permanece na liderança.

Ele se reuniu com o prefeito Gleidson Azevedo e a vice e secretária de Governo Janete Aparecida, ambos do PSC, no Centro Administrativo. Foram quase duas horas de reunião para alinhamento.

Três questões se destacaram: a liturgia entre câmara e governo, ações de governança e transparência total.

Edsom já havia reclamado em outras ocasiões de ficar fora das conversas envolvendo os trâmites na câmara. Na votação de quinta-feira (31/3), que rendeu o clima tenso, o líder foi o único a não assinar o pedido de inclusão na ordem do dia do projeto que prevê o subsídio para o transporte público.

A discussão

Ana Paula criticou a ausência do líder na votação do projeto que autoriza o subsídio ao transporte coletivo. Pouco antes de iniciar a apreciação, Sousa pediu para deixar o plenário devido a assuntos familiares. Antes de sair, informou que se tratava de questão de saúde envolvendo um familiar.

“Pedir minha indulgência, para a minha retirada, porque vou me dirigir para Hospital São João de Deus. Recebi uma notícia familiar e quero estar com a minha família, minha esposa, vou dirigir para o Hospital São João de Deus para acompanhar de perto um problema de saúde da minha família”, afirmou.

As justificativas parecem que não convenceram a vereadora que não poupou críticas.

“Gente, porque o líder do governo estão está aqui? Ele tinha que está aqui, porque o líder do governo é o elo entre esta Casa e O Executivo. O líder vai lá todos os dias e nunca sentou com a gente aqui para discutir nada. É muito fácil. Não estou falando que ele mentiu. Por que ele não senta para conversar com a gente sobre exatamente nada. Qual o papel do Líder, é só estar ali e dizer que é líder do governo. Eu sou líder do PSC, porque o líder é o Eduardo. Então, um projeto da importância dessa, o líder não conversou nada com a gente não. Quando o vereador Flávio Marra fala em politicagem, vou falar um negócio para vocês, eu chego na minha casa cansada, mas eu deito e durmo com a consciência tranquilo de que não enganei ninguém, e quem está aqui e conhece minha história sabe do que estou falando”, afirmou antes de votar.

O projeto entrou em regime de urgência com a assinatura de 16 dos 17 vereadores, o único a não assinar foi o líder.