Sugestão foi dada após a Semop proibir o descarte de carcaças no aterro sanitário

Marcelo Lopes

Durante reunião ordinária realizada na tarde desta terça-feira (24), o vereador e pré candidato a deputado estadual Eduardo Print Jr (SD), citou em pronunciamento a situação do ofício 487/2018, de autoria da Secretaria Municipal de Obras (Semop), sobre a “coleta e descarte de carcaças de animais”. Antes, o descarte era feito no aterro sanitário.

Segundo o parlamentar, a Serquip, empresa responsável pelo recolhimento de cadáveres de animais em vias públicas ou domicílios foi notificada pela Semop que não poderia mais realizar o serviço em Divinópolis. Além dela, a companhia coletora de lixo no município também foi proibida de fazer a tarefa.

“Com isso, os animais que faleceram nos últimos dias e que ficam nestes famosos freezers das clínicas do município estão sem destino, sem saber onde serão colocados nos próximos dias”, disse Print.

Em contato com o diretor de operações urbanas, Rodrigo Alvares, o vereador disse que o mesmo relatou que este assunto não é problema da secretaria. Eduardo discorda deste posicionamento e afirma que o caso é de responsabilidade de todos os envolvidos.

“Para mim é sim, é caso de saúde ambiental. Um animal, independente da forma na qual morreu ou a doença na qual faleceu, tem que ser enterrado o mais rápido possível e a responsabilidade disso é da Crevisa. Ele, uma vez como diretor de obras, não entende isso ou não tem conhecimento, mas a Vigilância tem e estava lá com a gente. Então cabe a nós cobrar em uma reunião entre os poderes, que são as Secretarias de Obras, Saúde e o próprio Galileu Machado (MDB), para se solucionar isto. Portanto o Galileu já entendeu que o problema é nosso sim, do Município”, relatou.

Cemitério de animais

Para entender mais sobre este assunto, o vereador e membros da Vigilância Sanitária foram até o Aterro Controlado de Divinópolis para se reunir com a gerente de manutenção urbana, Marina Cândida. Na ocasião, foi questionado para Marina o que será feito sobre este problema e para onde os animais iriam, se não podem ser enterrados ali. Dentre o que foi discutido, também foi sugerida uma solução.

“Ela (Marina) explicou toda a legislação, que realmente dentro do aterro sanitário não pode ser colocado. Ele não tem preparo e amparo legal, nem jurídico para receber estes animais. Nos próximos dias isto será regulamentado e que também acha interessante a construção de um cemitério de animais domésticos aqui na cidade” relatou o vereador.

Sobre a construção do cemitério, o mesmo seria localizado entre o aterro e a sede do Centro de Referência em Saúde Ambiental (Crevisa), que teria a responsabilidade de gestão do espaço. O enterro dos animais ficaria a cargo da secretaria responsável. Print ressalta que as clínicas poderiam cobrar uma taxa composta por um simbólico valor, mas o serviço teria a abolição do custo para cidadãos carentes.

“Um cachorro que deu tantas alegrias para as pessoas que o tiveram durante anos merece ser enterrado em um local digno e assim sucessivamente, construir um espaço, mesmo que seja pequeno, pois a demanda é de média de 5 a 8 animais por dia, já incluindo os animais que estão na eutanásia. A gente entende a preocupação das clínicas em estar levando em um local apropriado, só que eles precisam ter condição disso. Se a responsabilidade é dela, que se cobre uma taxa de cada uma pelos ali enterrados naquele setor para que seja para o custeio daquele local”, explicou.

Print finaliza dizendo que irá lutar por esta solução.

“Concordamos e trouxemos aqui para que as pessoas façam uma reflexão, pois você teve alegria com um animal por 15 anos e na hora que ele morre, simplesmente é jogado em um lote baldio”, completou.