Amanda Quintiliano

 

80% dos trabalhadores rejeitaram a proposta da Cemig na assembleia do dia 19 (Foto: Divulgação)

80% dos trabalhadores rejeitaram a proposta da Cemig na assembleia do dia 19 (Foto: Divulgação)

Trabalhadores da Cemig na região Centro-Oeste definem amanhã (26) se irão ou não aderirem à greve estadual iniciada nesta segunda-feira (25). A reunião será pela manhã na sede do Sindicato Regional dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro), em Divinópolis. O movimento foi aprovado após a categoria recursar a proposta de reposição da perda salarial apurada pela inflação (5,58%) e a distribuição da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR).

 

Na última sexta-feira (22) os profissionais se reuniram e acharam melhor aguardarem por mais alguns dias antes de aderirem à paralisação. A decisão foi motivada, segundo o presidente do Sindieletro, em Divinópolis, Celso Primo, para os eletricitários se prepararem para manterem um movimento forte e longo até as negociações serem retomadas e a pauta de reivindicação aceita pela companhia.

 

“Não estamos preocupados por as pessoas não terem entrado agora. A nossa proposta é fazer uma greve duradora. Quando a gente decidir entrar, entraremos a todo vapor. Não adiante a gente iniciar um movimento agora e ele perder a força rapidamente”, comentou.

 

Reivindicações

 

Entre as reivindicações está um pacto pela saúde e segurança. Segundo o Sindicato, a medida é necessária para combater os índices de acidentes fatais com eletricitários durante o trabalho. Desde 1999, ocorreram 114 acidentes com mortes de trabalhadores a serviço da empresa. Os dados são do Sindieletro.

 

Os trabalhadores também querem garantia de emprego, concurso público, aumento real de 10%, a título de produtividade, transferência dos trabalhadores da Cemig Serviços para a Cemig Distribuição, com o cancelamento das demissões e piso salarial de R$ 2.685.

 

Em Belo Horizonte, cerca de 350 profissionais aderiram à paralisação e fazem um movimento na sede da empresa.

 

Cemig

 

Por meio de nota, a Cemig disse que as negociações com os diversos sindicatos que representam os seus empregados seguem em curso normal, sendo que alguns já aceitaram a proposta feita pela empresa, e assinarão o acordo ainda hoje, considerando o momento atual do setor elétrico nacional, que foi impactado pela Medida Provisória 579, de setembro de 2012 e a Sentença Normativa que regula as relações trabalhistas.

 

Em relação à paralisação, a Cemig também informou que os serviços continuam sendo prestados a todos os clientes da empresa, sem comprometer o fornecimento de energia e o atendimento. A companhia reafirmou a proposta de reposição das perdas salariais e de participação nos lucros e resultados.