Atitude faz parte de adequações para conter gastos; Calamidade financeira foi decretada após dívida de R$ 3 milhões
Vinte e dois dias após decretar situação de calamidade financeira, em virtude da falta de repasses feitos pelo Governo do Estado, a Prefeitura de Carmo da Mata anunciou medidas para amenizar os efeitos causados por estes problemas e reduzir os gastos. Entre elas está a exonerações, conforme antecipou o PORTAL.
Em nota, o município confirmou as informações de rescisão contratual de cargos contratados, comissionados e agentes políticos, com o objetivo de restruturação e evitar a total defasagem de serviços. Com isso, a atual administração exonerou um total de 65 servidores, sendo eles secretários de educação, desenvolvimento econômico, esportes e lazer, cultura e turismo e também os adjuntos de planejamento e gestão, de governo, de obras, de desenvolvimento econômico, esportes e lazer, desenvolvimento social e agricultura.
Funcionários que ocupavam os cargos de chefe de gabinete, assessor especial, assessoria jurídica (e adjunta) e seis coordenadores de serviços, também tiveram contratos rescindidos.
Economia
O prefeito de Carmo da Mata, Almir Resende já falava da situação de calamidade financeira na primeira reunião com líderes da região (Foto: Amanda Quintiliano)
Dentre outros servidores, com esta medida, a partir do mês de novembro, a Prefeitura comunicou que irá economizar em torno de R$ 130 mil mensais. O Município também anunciou no texto o novo horário de funcionamento a partir desta quinta-feira (01), sendo de 8h às 12h (expediente interno) e de 12h às 17h (aberto ao público). Todas as medidas são com base no decreto de calamidade financeira.
Finalizando o texto, a atual administração diz que não estão sendo medidos esforços para contornar todos os problemas e continuar levando serviços completos aos munícipes.
Débito
No decreto, a dívida do Estado com Carmo da Mata chegou ao montante de R$ 3.159.418,73. De acordo com a Prefeitura, a falta dessa verba vem causando reflexos negativos, como o pagamento de despesas, especialmente nas áreas de educação, saúde, transporte escolar e desenvolvimento social.
Ainda segundo o Município, a situação fez com que as unidades administrativas passassem a utilizar da própria renda para arcar com o pagamento de remuneração dos servidores. Outros motivos, como a drástica queda no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e débitos causados por gestões anteriores, fazem parte da queixa da Prefeitura neste caso.
Assista a entrevista com o prefeito da cidade, Almir Resende:
