Empresas de Divinópolis estão sendo vítimas do golpe da lista telefônica. Uma suposta agência de São Paulo faz o contato, pede dados e alega ser para atualização cadastral. Toda a negociação dura menos de 10 minutos. E, sem mencionar anúncios publicitários, eles encaminham o contrato para a assinatura do empresário. Sem ler, eles acabam autorizando a cobrança.
Uma contabilidade da cidade por pouco não engrossou a estatística do golpe. A funcionária repassou todos os dados acreditando ser para alguma empresa de catálogo telefônico. Mas, quando leu o contrato descobriu que se tratava de um golpe. Em letras pequenas havia escrito a autorização da cobrança, por meio de boleto bancário, de 12 parcelas de R$ 220. O papel não chega a ser nem timbrado.
“Em nenhum momento eles falaram que era de anúncio publicitário. Eles falam apenas que é uma atualização”, conta.
Cinco minutos após ter encaminhado o contrato via e-mail, a atendente retornou a ligação para saber se a potencial vítima já havia assinado. A funcionária disse que não assinaria, pois se tratava de um golpe. A reação da golpista, do outro lado da linha, foi de desligar o telefone sem dar explicações. A atendente responde pelo nome de Jéssica.
Comprovação
A reportagem do PORTAL fez contato com a empresa pelo número informado no contrato. Ao ser questionada sobre como funcionava o serviço e o endereço de acesso, ela passou o da Ativa Publicações Ltda. e disse que iria transferir a ligação para o setor de marketing. Apesar das tentativas, ninguém chegou a atender a reportagem.
No contrato o nome fantasia é “Lista Virtual”. A reportagem consultou também o CNPJ indicado. A empresa está no nome de uma mulher. Tentamos falar pelo número indicado no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, mas as ligações deram apenas ocupadas.
Um levantamento on-line feito pela reportagem apontou outras vítimas da mesma empresa. A história é sempre a mesma, o que muda são os valores. O montante cobrado varia de R$ 180 até R$ 280 dependendo do estado.
Medidas
De acordo com a Polícia Militar (PM), as vítimas podem registrar um Boletim de Ocorrência ou procurar diretamente o Juizado Especial para tomar as providências cabíveis contra a cobrança indevida.