Grupo gestor diz que é necessário pensar nos “efeitos catastróficos que o fechamento das atividades terão sobre todos empreendedores, empregados e poder público”

O Grupo Gestor de Divinópolis encaminhou à prefeitura uma carta pedindo a data de previsão para reabertura do comércio na cidade. No documento assinado por oito entidades, ele pede também análises e projeções da situação no município quanto aos impactos sociais e econômicos causados pelo coronavírus.

“O que queremos com a carta é chamar a prefeitura para a sua responsabilidade quanto aos impactos econômicos causados pela pandemia no município. Estamos certos que a preservação da vida humana sobrepõe a qualquer preocupação mercadológica, e que cabe aos órgãos responsáveis definir as diretrizes de proteção social. No entanto, o empreendedor de Divinópolis precisa de um planejamento para que possa minimizar o impacto da crise, salvar empregos e evitar o fechamento de empresas”, ressalta o presidente da CDL Divinópolis, Luiz Angelo Gonçalves.

O ofício foi assinado pelas seguintes entidades: Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL); Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Divinópolis (Acid); Sindicado do Comércio (Sincomércio); Sindicato das Indústrias do Vestuário (Sinvesd); Sindicato da Construção Civil do Centro-Oeste (Sinduscon-Co); Sindicato dos Contabilistas (Sincondiv); Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci); e Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg – regional Centro-Oeste).

Para as instituições, conforme manifestam na carta, é necessário pensar nos “efeitos catastróficos que o fechamento das atividades terão sobre todos, empreendedores, empregados e poder público… Cogita-se, a partir de estudos da Fiemg, que o número de desempregados no país deva alcançar 29 milhões”.

Em Divinópolis, apenas o setor do comércio emprega mais de 15 mil pessoas. Segundo as entidades, “as restrições impostas de maneira indeterminada geram insegurança aos empreendedores que podem levar a uma grave crise de emprego na cidade”.

Para argumentar, o Grupo Gestor cita uma fala do Secretário Geral do Executivo estadual, Mateus Simões de Almeida dizendo que a restrição total imposta pelo Governo de Minas, “recai apenas àquelas atividades ou empreendimentos que, dada a sua natureza, necessariamente irão gerar aglomeração de pessoas… caberá aos municípios, impor outras restrições e medidas sanitárias para as atividades e empreendimentos que permanecem funcionando, de modo a evitar, ao máximo, o total fechamento”.

“Portanto, o secretário estadual deixa claro que a decisão é do município de restringir ou não o funcionamento das atividades que não estejam expressas no decreto estadual. Nessa medida, as entidades solicitam um posicionamento da Prefeitura, para que apresente uma previsão para reabertura do comércio e serviços de Divinópolis”, afirmam as entidades.

O grupo gestor pede ainda, que haja um planejamento das ações que deverão ser adotadas durante esse período de confinamento social e solicitam uma previsibilidade para retomada dos negócios, além de medidas econômicas possíveis de serem adotadas pelo governo municipal para salvaguardar os empregos e a renda na cidade.