Poliany Mota
Os pacientes com sintomas de dengue devem procurar outras unidade ao invés de irem a UPA (Foto: Divulgação/PMD)
Com a epidemia da dengue a Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 horas) está recebendo em média 400 pessoas por dia. Mesmo com o Ambulatório da Dengue funcionando junto com a policlínica, na Getúlio Vargas, e o atendimento nas Unidades Especiais de Assistência à Saúde (UEAS) e também postos de saúde, a população ainda procura a UPA para um diagnóstico superlotando a unidade.
Esta semana o diretor do Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram) e também médico clínico da UPA, Alberto Gigante, questionou sobre o grande fluxo de usuários e disse que pacientes estão ficando mais de 24 horas na unidade o que pode, segundo ele, impedir que o serviço flua naturalmente.
“A proposta era que aqueles que não tivessem seu quadro clínico resolvido em 24 horas fossem transferidos imediatamente para o Hospital São João de Deus ou para algum hospital da região. Isso é fundamental pelo fato da UPA só possuir vinte leitos. Se isso não transcorrer naturalmente você impede que o serviço receba novos doentes”, comentou.
Entretanto, o diretor geral da UPA, Geraldo Couto rebateu a afirmação e informou que não é possível retirar esses pacientes da unidade, já que não há vagas na cidade para encaminhá-los. Seria necessário primeiro, uma reestruturação da rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Hoje tenho seis vagas na Unidade de Tratamento Intensivo, só que não tem leito para transferir esses pacientes, por isso
Alberto Gigante diz que demanda está acima da capacidade (Foto: Poliany Mota)
eles permanecem na UTI. Dois fatores contribuem para essa permanência na UPA. O primeiro é em relação à localidade. Conseguimos vagas em hospitais da região, mas os pacientes não querem sair de Divinópolis. O segundo é a própria estrutura da rede, que já é uma questão do Estado”, explicou Geraldo Couto.
O secretário de saúde Davi Maia explicou que apesar da UPA estar em processo de adequação, todas as pessoas que procuram pela unidade são atendidas. “O fato da UPA estar cheia não significa que não está regular ou sobrecarregada. Significada que ela está funcionando”, explicou.
Ainda segundo o secretário aqueles pacientes com sintomas de dengue devem procurar o ambulatório especial ou uma das Unidades Especiais de Assistência à Saúde para desafogar a UPA.
