Foto: Arquivo Pessoal

 

Estudantes venceram competição que contou com a participação de 1.600 alunos de todo o país

Marcelo Lopes

Estudantes do Campus de Divinópolis do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) tiveram um grande motivo para comemorar o final de 2017. Os alunos de Informática Brenda Guimarães, Frederico Capanema e Henrique Rabelo e a aluna de Produção de Moda Camila Santos voltaram da II Olimpíada Brasileira de Cartografia (OBRAC), tendo suas finais realizadas entre os dias 30 de novembro e 03 de dezembro, realizadas no município de Niterói – RJ, com premiações.

A equipe, chamada na competição de “Buritizinhos”, recebeu a medalha de ouro na etapa final do torneio, que se consistiu em uma corrida de orientação e também ficou na classificação geral em segundo lugar, recebendo a medalha de prata, disputando com outras 400 equipes no total, totalizando 1.600 alunos de todo o país.

Etapas

Antes das etapas finais, os alunos enfrentaram duas fases com cinco etapas cada. As duas primeiras provas eram teóricas, onde os integrantes responderam questões de múltipla escolha feitas no próprio campus em Divinópolis. As respostas foram enviadas para a organização da olimpíada. Nas fases seguintes, o trabalho foi ainda maior.

“Recebíamos as provas no site da olimpíada e entregamos em forma de vídeo, pois gravamos tudo que a gente fazia e escrevíamos textos também contando como foram as elaborações das tarefas”, conta Brenda Guimarães.

Na prova da corrida de orientação, os estudantes tinham como tarefa percorrer os pontos de controle marcados em determinado local, áreas estas desconhecidas, fazendo no trajeto o uso de mapa e bússola para completarem a prova no menor tempo possível.

Segundo os estudantes, o treinamento coordenado pela professora de geografia Nádia Melo antes da viagem ao Rio de Janeiro facilitou para que o resultado fosse alcançado.

“Estávamos cientes de que a competição seria a respeito de orientação. O Cefet já tem uma experiência com isso e a Nádia, juntamente de seu marido, disponibilizaram muitos recursos para fazer o treinamento”, diz Frederico Capanema.

Na prova final, os estudantes faziam o caminho de forma individual. Ao fim, era calculado o tempo de todos os estudantes e assim era definida uma média da equipe.

Brenda tem problemas respiratórios, empecilho que poderia dificultá-la durante o trajeto, mas o apoio de seus colegas fez a diferença em cada passo.

“Para mim foi um grande desafio. E quando vi que consegui e a minha equipe também, fiquei muito feliz pelos resultados”, conta Brenda.

Camila Santos tem alegria em representar Divinópolis e voltar para casa com medalhas. A oportunidade de visitar com seus colegas o Rio de Janeiro e conhecer as instalações o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também a gratificou com outro prêmio: mais conhecimento.

“Foi muito importante para nós, porque além da estarmos representando a cidade, adquirimos um conhecimento muito amplo na área de cartografia e na área de orientação também, pois nunca havia participado disso antes”.

A Alegria de Quem Ensina

Para Nádia, o sentimento não poderia ser outro a não ser de orgulho. A professora também valoriza a dedicação e empenho dos estudantes.

“O primeiro ganho foi eles se apresentarem para participar desta competição, que ao contrário de outras olimpíadas, é uma rotina bastante pesada, pois eles começaram esses trabalhos em maio e encerraram em dezembro. Então paralelas às suas formações, eles vieram realizando as provas”, comenta.

Além da participação e incentivo de alunos e funcionários de toda a escola, a professora conta do apoio dos familiares dos estudantes premiados.

“As camisetas da equipe foram elaboradas pelas mães dos alunos. Aí quando estávamos no Rio de janeiro, em Niterói para receber a premiação, um casal de pais apareceram vestidos com a peça e as levaram para nós”.

A prova que transformou os alunos em medalhistas na OBRAC é um projeto de extensão coordenado pela professora, chamado Programa Azimute Norte, onde desde 2011 alunos de todos os cursos do Cefet e de escolas parceiras podem participar.

“É uma atividade esportiva, mas que tem como objeto um expoente cartográfico e geográfico muito amplo, que é a orientação geográfica. Os que participam deste programa tem esse contato cartográfico de forma lúdica. (…) Recebemos mais de 1.000 alunos durante o ano todo para realizarem estas atividades. São dias de muito aprendizado”, completa.

Além das medalhas, a equipe vencedora trouxe para Divinópolis materiais didáticos através da visita técnica à sede do IBGE, como edições limitadas de atlas, por exemplo, e que estão a disposição dos alunos da escola que frequentarem a biblioteca do local.



OBRAC

Sendo realizada de forma bianual e tendo sua próxima edição em 2019, a Olimpíada Brasileira de Cartografia tem como principais objetivos estimular, no ambiente escolar, o interesse pelas Ciências, especialmente pela Cartografia. A OBRAC tem abrangência em todo o território nacional e é direcionada para alunos 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio (com idades entre 13 e 19 anos), presentes em escolas da rede pública e privada. Mais informações estão presentes no site oficial da competição: www.olimpiadadecartografia.uff.br