Emanuela Souza

A crise econômica no Brasil não é mais uma especulação e sim uma realidade que vem afetando principalmente o comércio do país. Os pagamentos atrasados, franquias e estabelecimentos sendo fechados já são rotina em Divinópolis, e a tendência é que as vendas caiam ainda mais no mês de dezembro, quando deveriam aumentar devido ao Natal.

Segundo o Presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas Rogério Aquino, a expectativa de vendas para o Natal é a “pior possível”. O comércio anual não trouxe grandes lucros, e dificilmente irá se recuperar com as vendas de final de ano. O consumidor vêm procurando formas de contornar a crise e uma delas é evitar gastos. Com isso, os primeiros a serem afetados são os comerciantes.

Segundo Rogério, na Black Friday que aconteceu na última sexta (26), as vendas alcançaram a média do que era previsto, e o lucro veio apenas com os produtos em promoção.

A situação tende a piorar nos próximos meses. A CDL não computou dados e índices de vendas nos últimos meses, e por isso não há um número certo de quanto às vendas vem caindo nos últimos meses. Um dos fatores que contribuiu foi o escalonamento salarial do governo do Estado e também da Prefeitura de Divinópolis. Menos dinheiro no bolso significa também menos no circulando no comércio.

A Prefeitura, por exemplo, não vem recebendo os fundos necessários para os pagamentos dos funcionários, e segundo Rogério, esse é um fator que também influencia na queda das vendas, pois há a desvalorização dos funcionários, e sem o pagamento em dia, não há como comprar.

“A previsão para esse Natal é a pior possível. Esse ano foi péssimo para os comerciante, a crise está afetando todo mundo (…) o Estado não manda o pagamento dos funcionários, a Prefeitura está sem dinheiro e ninguém recebe. Talvez a gente não receba nem o décimo terceiro” afirma.

O governo vem tentando mascarar a atual situação econômica do país, mas a população está vivendo na pele as consequências da falta de recurso nos governos estaduais. A previsão para os próximos meses é incerta e a situação pode piorar após o Natal, segundo o presidente da CDL.