A Escola Municipal Odilon Santiago é dos bons exemplos da educação em Divinópolis e é destaque da revista PUC Minas edição deste semestre. A instituição alia liderança, proximidade com comunidade escolar e atividades extras à sala de aula. A conclusão é da professora Elisângela Paiva Pereira, que recentemente defendeu dissertação de mestrado no programa de pós-graduação em Educação da PUC Minas.
A dissertação de mestrado é intitulada de “Conte-me sua história! Um palco e muitos atores em favor de uma escola pública possível: um estudo sobre interação de adolescentes em uma escola pública de periferia de Divinópolis”.
“Chegar à escola às 7h da manhã, ir direto para a fila e ter um momento de oração todos os dias e, em seguida, às sextas-feiras, cantar o Hino Nacional Brasileiro. E, se trouxe celular ou mesmo boné, mesmo que proibidos, o estudante deve passar na secretaria para deixá-los lá. Ir ao banheiro somente no intervalo do segundo e do quinto horários, mas, caso necessário, sem problema em horários diferentes desses. O que parece uma lista de regras que deixariam crianças e adolescentes aborrecidos e sem comprometimento é, na verdade, uma rotina de uma escola pública onde não se vê pichações nos muros, que são baixos e sem cerca, não se vê lixo pelo chão, nem carteiras quebradas e rabiscadas, nem cenas de violência”, afirmou a publicação.
Conforme a reportagem da Revista Puc Minas, os pais participam da educação. “Não que não haja problemas, como toda e qualquer escola, mas naquele ambiente encontram-se facilmente crianças e adolescentes entusiasmados e felizes, professores comprometidos e dedicados e pais ativamente participantes do Conselho Escolar, composto também por professores e alunos, com presença assídua de todos os componentes”, destacou.
Conforme a educadora, a escola parece um santuário. “A escola é preservada quase como um santuário, espaço que se respeita, mesmo estando em área de risco social”, disse Elisangela Paiva.