Prefeito diz estar disposto a participar da gestão compartilhada desde que o Estado não transfira mais responsabilidades para o município (Foto: Liziane Ricardo/CMD)
Prefeito disse que problemas macros devem ser resolvidos pelo Estado (Foto: Liziane Ricardo/CMD)

Prefeito disse que problemas macros devem ser resolvidos pelo Estado (Foto: Liziane Ricardo/CMD)

O prefeito Vladimir Azevedo (PSDB) confrontou dados informados pela superintendente regional de saúde, Glaucia Sbampato. O clima esquentou quando a superintendente acusou o município de dever R$ 3 milhões ao Hospital São João de Deus (HSJD) e sugeriu que Divinópolis rompa o pacto de contratualização com as 55 cidades da região. Em outras palavras, deixe de atendê-las nas unidades de saúde de Divinópolis.

“Fala-se muito dos municípios que encaminham os pacientes pra cá, e encaminham porque eles têm uma pactualização. Se o município [Divinópolis] acha por bem não atender, então tira esse pacto e vamos tentar comprar em outro lugar”, disparou.

Segundo a superintendente, são repassados ao ano à Secretaria Municipal de Saúde R$ 57 milhões para atendimento da macro e microrregião. Divinópolis é responsável por administrar esse recurso. O prefeito rebateu e disse que está disposto a romper o pacto.

“Estou disposto a isso. O município não é obrigado a gerir região. O município é obrigado a gerir os seus problemas. Ele

Glaucia apontou dívida de R$ 3 milhões do Município com o HSJD (Foto: Liziane Ricardo/CMD)

Glaucia apontou dívida de R$ 3 milhões do Município com o HSJD (Foto: Liziane Ricardo/CMD)

faz um pacto regional como um arranjo, mas quem tem que responder é o Estado. O município responde pelo seu mapa, pela sua jurisdição”, argumentou.

Sobre a dívida de R$ 3 milhões oriunda da Unidade II do São João de Deus, Azevedo também rebateu.

“A superintendente está desinformada, todos os ajustes nosso com o São João de Deus estão devidamente acordados e sendo pagos. O que o município usou! Vale dizer da tentativa da Unidade II, o Estado com sua regulamentação do SUS Fácil, entrou na unidade II, usou mais de 50% desses leitos, e quer que o município de Divinópolis pague por isso. Isso nós não vamos fazer, não podemos pagar pelo uso de cidades vizinhas”, alegou, acrescentando que os leitos não chegaram a ser credenciados.

Se o pacto for desfeito, Divinópolis deixa de ser referência para as 55 cidades da região e o Estado precisará encontrar outro município com a mesma capacidade para receber uma população estimada em 1,5 milhão de pessoas.