Estudantes de uma universidade na cidade de Kaposvar, na Hungria, participaram das aulas na quinta-feira (3) usando apenas duas roupas íntimas. A iniciativa foi um protesto contra um código de vestimenta severo imposto pelo reitor da instituição.
Em uma carta aos estudantes na quarta-feira, o reitor da Universidade anunciou um código de vestimenta no qual os homens deveriam usar ternos escuros e sapatos ao frequentar as aulas, e as mulheres, blazer, blusa e calça ou saia longa.
Vários estudantes de teatro, junto com a professora, ficaram apenas de roupa íntima durante uma aula e anunciaram uma manifestação para 7 de outubro contra as “instruções do reitor”.
O reitor Ferenc Szávai tinha ordenado a proibição do uso de “minissaias, calças curtas, decotes exagerados, chinelos e o uso excessivo de perfume e maquiagem”
Além disso, o reitor considera “adequado” que os estudantes e professores homens usem calça comprida, camisas ou camisetas e sapatos fechados, enquanto nas provas usem ternos, sapatos e meias escuras.
As exigências gerais são a aparência limpa (cabelos, unhas e face) e roupa passada’, concluiu o reitor em suas novas instruções.
O descontentamento foi geral, primeiro por parte dos estudantes e organizações juvenis, mas também do próprio comissário dos Direitos Educativos da Hungria, Lajos Aáry-Tamás, que disse que estas instruções são “inaplicáveis” e propôs que sejam retiradas.
“O senhor reitor pode querer regulamentar outras coisas como altura, cor de cabelo, mais tarde a cor de pele, religião e origens”, disse no Facebook o eurodeputado húngaro Tamás Deutsch, ao recomendar que Szávai consulte um médico.