João Victor Silva

Estudantes e professores da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), Unidade Divinópolis, foram às ruas mais uma vez nesta quinta-feira (3) para reivindicar a recondução automática dos professores, até que haja concurso público para docentes. O grupo iniciou a concentração às 18h30, no quarteirão fechado da Rua São Paulo.

Para o estudante de História e Presidente do Diretório Acadêmico, Samuel Santiago, para além da descontinuidade dos projetos, existe uma iminente possibilidade de atraso no início do semestre letivo de 2018. O líder do Movimento Estudantil explica que a reitoria já apresentou diversas dificuldades na operacionalização do PSS em 2016 e 2017.

“Diversos cursos de nossa unidade tiveram o início do semestre prejudicado em 2017, com disciplinas iniciando no mês de maio. Em alguns cursos, devido à incapacidade da reitoria de realizar a seleção, disciplinas foram canceladas”, afirma o presidente do D.A.

Desde o dia 23 de novembro estudantes ocupam as Diretorias Acadêmica e Administrativa da Unidade, e convidam todas as pessoas interessadas na discussão e na defesa de uma universidade estadual pública, gratuita e de qualidade, para unirem-se nesta causa.

Ao PORTAL, Samuel afirmou que quando houve o decreto de estadualização que tornou a Funedi em Uemg há três anos, existia a garantia aos professores da Funedi de que até a ocorrência do concurso público eles continuariam na instituição para dar seguimento aos trabalhos que estes já desenvolviam. Entretanto o concurso não aconteceu.

“O governo não quer realizar a recondução destes professores mesmo sem ter feito concurso público. Então a nossa luta é nesse sentido, porque precisamos que os professores sejam reconduzidos para que os trabalhos da universidade em toda a região, que são inúmeros, sejam mantidos, nas escolas, hospitais, dentre outras entidades, até a realização do concurso”.

O estudante também salientou que se o concurso já houvesse sido realizado, a universidade já estaria com corpo docente efetivo e não estaria passando por esse tipo de problema.

“Então vamos pressionar, continuar com a Uemg ocupada, até que a recondução aconteça, e o concurso público chegue para nós, nos liberando deste imbróglio, que o próprio governo do qual fomos base um dia hoje está nos submetendo”, finalizou Samuel.